sábado, 23 de julho de 2011

ADEUS AMY




                                                     +    14/09/1983  *  23/07/2011



Parafraseando Renato Russo, "os bons morrem jovens", infelizmente não tão bons para se cuidar.

Às vezes a sensibilidade se torna uma armadilha. A realidade se torna penosa, e a criatura se protege nos amortecedores que levam à autodestruição. Isto não os faz melhores nem piores apenas mais suscetiveis ao fim precoce.

Amy passou como um Flash, com sua voz de sereia encantadora denunciando a força e o peso de uma realidade cruel.

Quem  se tornou orfão de Janis Joplin reencontrou em Amy uma força vocal viva de mulher liberta e dona de sua vida, um vulcão vocal encantando quem se permitia ser encantado.

A Voz Suprema, Poderosa, Suave, Melodica e Vigorosa e visceral se cala.

O mundo não sabe amar seus filhos diletos e essas criaturas não dão conta deste mundinho tolo exigente.

Amy foi a celebração musical, produto esplêndido da natureza em forma de carne e osso, mas a perfeição se desfaz e vira pó.

Fica a lembrança em forma de herança para a humanidade eternizada em memória.

O peso de seu poder musical a dilacerou. Ela sucumbe frágil e delicada como muitos outros espalhados pelo mundo.

Adeus Amy, e obrigado é a minha homenagem póstuma, como anônimo, a esse ícone da modernidade.


E fica o alerta para que pessoas tão sensíveis não se percam neste labirinto: Criem resistência para não sucumbir às armadilhas do imaginário. Seres humanos, ícones ou não, precisam se fortalecer para não sucumbir à ilusão da realidade humana.

 Obs. a foto é registro do dia em que apresentou ao mundo seus novos e  eloquentes seios devidamente siliconados.