sábado, 29 de maio de 2010

AMERICANAS SAXÔNICAS E LATINAS




AMERICANAS E BRASILEIRAS

Existem diferenças coletivas significativas entre machos humanos de regiões e ancestralidade diferenciada. A sociedade globalizada ainda não unificou os padrões de interesse, prioridade, gosto, preferências sexuais, focos de seletividade, de espécimes de mesmo sexo, etc. A sociedade massiva não superou a força das diferenças continentais e de gênese.

Com certeza existem padrões que aproximam os homens de continentes e raças diferentes, mas também existem características que os distanciam. O exemplo disso é a diferença entre brasileiros (miscigenados) e americanos (anglos saxões).

Americanos destacam prioridade e preferência de estímulo sexual para os seios femininos e entram em estado de excitação com visões de seios fartos. Homens brasileiros destacam preferencialmente as partes entrecoxais (bundas e vaginas) como preferência absoluta. Excitam-se preferencialmente com visões que anunciam glúteos fartos, salientes e definidos, sinal e indício de vaginas exuberantes e inquietas... mistérios femininos.

As razões dessas diferenças podem ser inumeráveis. Eu me atenho a uma variável significativa. As diferenças entre mulheres brasileiras e americanas na forma como vivenciam a maternidade e como permitem a proximidade entre filho e mãe na vivência da fase de relação simbiótica do filho com a mãe.

A sociedade americana do norte caracterizada como uma sociedade matriarcal (desde os tempos de ocupação da America indígena). Constituída por mulheres que chegaram à America como participes junto aos homens da conquista territorial e que lhes exigiu atitude marcante, positiva e carregada de força, levando-as para um limite de conquista e sobrevivência possivelmente determinou a formação de uma mulher norte americana com uma atuação pragmática, objetiva, positiva e necessariamente guerreira, consequentemente menos submissa aos homens, mais dominadoras, competidoras e castradoras.

A formação desse biótipo pode ter sido determinante no formato como elas desenvolvem essa relação maternal objetiva com seus filhos, relações de menos saciedade, mais frustração e realismo, mais distanciada e afetivamente mais diferenciadas, personalizadas, individualistas e menos simbióticas.

continua...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

INTERREGNO




O TEMPO  ME  OBRIGOU AFASTAMENTO.
SEM SABER... SE  VOU OU SE FICO,
FIQUEI EM SILÊNCIO.
O MOMENTO É DE
RETIRO ESPIRITUAL
EU NO MEU SILÊNCIO.

                                                      
                                                                 PARA REFRESCAR...
A BELEZA
E A ARTE
FEMININA
Nina Kaptsova do Bolshoi

sábado, 22 de maio de 2010

FEMININO MASCULINO


Invocação a Priapo Sec I d.C., Pompéia ,
Casa dei Vettii 

É senso comum que comum mulheres sejam mais predispostas aos cuidados pessoais e que homens tenham mais dificuldade em se cuidarem. Mulheres desenvolvem ao longo de suas relações essa interação coletiva que permite ao outro interferir em suas vidas de forma suave. Se mostram mais predispostas à interferência do outro, enquanto homens desenvolvem o poder de interferir , são mais pro ativos e tendem a aceitar menos as interferências alheias em suas escolhas.

Associam essas características às diferenças de flexibilidade. Mulheres são mais flexíveis e homens menos, elas mais tolerantes e homens menos, eles mais incisivos e elas menos. Essas diferenças podem produzir grandes desavenças entre homens e mulheres.

Como eles são mais incisivos, suas respostas são mais graves e portanto aparentam mais intolerância ou agressividade, ainda que a força da expressão masculina e a forma de expressar-se seja mais inquisitiva e positiva. Mulheres ao contrário evitam os embates ou confrontos e procuram formas mais suaves de expressar seus desacordos. São mais indiretas, pouco frontais, mais escorregarias e dissimuladas. O que faz delas mais racionais tendo natureza passional e emocional, e o homens mais passionais e emocionais apesar da natureza lógica.

O que os homens possuem de sobra, a força fálica que os prepara para o embate, elas possuem de menos, recuam frente aos embates evitando situações de conflito.

Naturalmente a civilidade tende a fazer prevalecer a forma feminina e a associar a masculina ao primitivismo, principalmente porque o homem fica mais próximo da força bruta, da pulsão explosiva, selvagem e instintiva e a mulher mais próxima do poder de simbolizar e do domínio sobre os impulsos agressivos.

Talvez esse seja um diferencial entre a natureza Fálica do Masculino e a natureza Abstrata e receptiva do Feminino.

O Feminino de natureza se abre para receber, acoplar, alojar, inspirar. Como um flor se abre para o beija flor. Receptor.

O Masculino se arma para penetrar, pousar expirar.

Inspirar e expirar, Incluir e ser incluído, excluir e ser laçado. Um se lança ou outro amortece o recebido.

Diferenças magistrais que fazem de nossa época um exercício excepcional de transformações. Homens transformando suas manifestações e expressões explosivas e aprendendo a alquimia de transmutar a energia masculina explosiva em energia suave e de interação, e mulheres transformando a passividade receptiva em força de iniciativa e de conquista. O masculino fortalecendo sua natureza feminina e o feminino abrindo espaço para sua gênese masculina, para que ambos possam realizar o anseio da natureza: evoluir.
Mundo... Mundo... Vasto mundo... desconhecido

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ADVERSIDADES E TENTAÇÕES

   As Tentações de Santo Antonio
Félicien Rops, 1978,
ADVERSIDADE - sf (lat adversitate) 1 Desgraça, infelicidade, infortúnio, sorte adversa. 2 Contrariedade, contratempo, revés.

Muitos tremem quando o tempo da adversidade chega. De repente a vida tranquila, confortável, onde os acontecimentos fluíam para a prosperidade e para a alegria se transformam e a pessoa se vê mergulhada no deserto, sem água, sem cachorro na mata, ou numa estrada sem fim e dificuldades.

Quando todo o cenário é favorável, confortável, senta-se sobre os louros e come-se caviar. Aí a vida é bela, quase não se é exigido. Com pouco movimentos se faz a vida prosseguir no fluxo do “Bem Bom”.

Mas quando o cenário é desfavorável é que se é exigido na sabedoria, na coragem em enfrentar as adversidades que se apresentam, na confiança de se acreditar filho do divino não por que se é o filho bem aventurado, querido e protegido mas por que se crê no pai que se têm. Tem-se força não por que o sujeito se crê especial mas porque acredita no poder da vida.

Enfrentar dificuldades em nossa jornada quando se tem o cenário favorável é moleza. Enfrentar dificuldades quando o cenário não favorece é ser confrontado na adversidade.

Quem não teme esses momentos, é passarinho alegre.

Sempre penso que períodos favoráveis e confortáveis são períodos especiais voltados para que nos preparemos para as dificuldades.

Todos conhecem a fábula de Esopo, na adaptação de La Fontaine, A Cigarra e a Formiga. Uma trabalha, a outra se diverte cantando, No inverno a formiga descansa e a cigarra enfrenta as dificuldades por não ter se preparado para o inverno. O interessante do simbolismo desta estória é que o problema não se resume a fazer reservas de posses, alimentos ou outras necessidades para os momentos de dificuldades, ele nós diz mais, nos alerta para a impermanência da vida, para os ciclos e mudanças de estação.

Toda preparação pré adversidade é fundamental e pode servir de instrumental para os momentos de dificuldades. Mas o que tudo define é a postura, a atitude que se projeta quando se está no caldeirão da transitoriedade.

Como a impermanência é a lei definitiva da vida, a transitoriedade, os momentos de instabilidade, são estações de mudanças mais radicais, mais tempestivas. É a batalha propriamente dita. E o que define o ponto chave, a vitória ou a derrocada, é atitude do individuo frente ao confronto a que está submetido.

Nesta hora não adianta chorar, espernear, gritar, reclamar, implorar, fazer-se de bonzinho. Essa é a hora da verdade. É a hora de um pequeno acerto de contas. Uma acerto para sair do ciclo que se encerra e entrar no que se apresenta.

terça-feira, 18 de maio de 2010

ONDAS E CARMA





Ontem conversava sobre o carma coletivo que somos obrigados a pagar pelo erro alheio.

No caso de um carma familiar, carma coletivo ou racial, um individuo pode ter que enfrentar desafios por erros cometidos por pessoas vinculadas à sua gênese.

Sempre admirei a delicadeza de monges que procuram passar pela vida quase sem se mostrarem, procuram não promover nenhum tipo de evento que possa trazer consequências pela eternidade. Assim como os admiro pelo cuidado profundo, admiro os incautos que como cegos desastrados saem pela vida promovendo vendavais e desastres de consequências incalculáveis. Como humano, descendente de germanos, minha família alemã veio para o Brasil no século XIX, nunca me senti responsável pelos desastres nazistas, mas sei que muito teremos que trabalhar a favor da humanidade para minorar as consequências daqueles desastres produzidos no passado.

E fico como observador, acompanhando de longe o embate entre Judeus e Palestinos nessa modernidade quase inconsequente. Judeus poderiam ter aprendido com os erros alemães para não repeti-los, porque enquanto se escondem no papel de perseguidos podem acabar produzindo desastres que acabem com os créditos adquiridos com os alemães.

Fico impressionado, porque com a riqueza da cabala judaica e o suporte rabínico que possuem, podem estar deixando de olhar pelo lado da generosidade com outros povos para repetir erros coletivos que se mostram impagáveis pelos descendentes e pela civilidade.

Prefiro admirar os indianos que não se permitem matar uma simples formiga, desta forma como que passam despercebidos pela Lei do Sansara.

Se procurarmos sermos mais generosos na vida,  deixaremos de produzir vendavais, assim escapamos de pagar por consequências que nos mesmos produzimos.
Vivam as suaves brisas outonais, primaveris, invernais e aquelas... em suaves noites de verão.

sábado, 15 de maio de 2010

ONDAS





Quando jovens, somos como que agraciados por uma trama da rede da vida que nos protege de nós mesmos. A não ser que sejamos tão inconsequentes que cometamos erros cabeludos que exigem reparos.

Ah! Se soubéssemos como podemos ser danosos, na jornada da vida, seríamos mais cautelosos em nossas ações.

Outro dia,  enquanto comíamos pipoca, conversávamos sobre a força das palavras que pronunciamos.

Para Einstein qualquer ação projetada no espaço viaja como uma onda pelo universo.

Fico pensando num lago tranquilo e numa onda provocada por uma folha que caia sobre ele. As palavras, são como essa folha, podem parecer insignificantes, mas podem provocar, guardadas as proporções, uma tsunami na quietude do lago.

Tendemos a subestimar os acontecimentos por inocência, mas quando agimos desencadeamos acontecimentos que podem ser devastadores.

Muitas vezes as pessoas não compreendem acontecimentos trágicos que devastam suas vidas, porque não conseguem localizar a origem do processo que os desencadearam. As origens que parecem adormecer no passado em que foram desencadeados, varreram o universo, um dia voltam, e reverberam em nossas margens.

Tenho tentando não provocar ondas que produzam tsunamis, escondido neste canto do mundo, tenho preferido produzir brisas suaves que possam acariciar almas delicadas, sensíveis e principalmente conscientes.

Tendo a esperança de que no momento em que for embora e desaparecer nas brumas dessas montanhas, não fique nenhum tipo de rastro, e que minha passagem não seja mais que um aroma de manacá na noite de Minas.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

LOOPING EXISTENCIAL II

   Cena de Viver a Vida

Looping existencial II


Várias foram às vezes em que me diverti com o comportamento exagerado de Ingrid, um drama originado em princípios relacionais tão básicos que acaba se mostrando absurdo, ridículo pela passionalidade. Afinal passionalidade implica em excessos, transbordamento tempestuoso. Suas explosões emocionais, sua insensatez, e... o seu sofrimento mobilizaram a minha compaixão pelos que sofrem pelas bandeiras que empunham aqueles que se esquecem de que a vida não pode ser as bandeiras, é mais , muito mais.

Provavelmente seja ela entre as personagens da videonovela,  junto com Renata, a jovem alcoólatra, o biotipo mais sensivel e humano. São elas as mais descompensadas, emocionais, passionais, sensíveis, que acreditam em si e nos caminhos passionais do coração, aquelas que não conseguem estabelecer uma relação mais harmoniosa com as mudanças da vida com a imprevisibilidade do dia a dia, com os sonhos projetadoe coma as fantasias idealizadas.

Uma é a fotógrafa que não consegue olhar para a realidade. Só fotografa o poder de sedução feminino, a mulher que se idealiza sedutora, que quer manter a juventude no corpo, na postura ou aprisionar o homem pelo olhar da fantasia.

A outra é jovem, sem rumo, perdida, frágil, inconsistente, hipersensível e narcisista e o pior: afetivamente carente e descompensada. Às vezes se faz parecida com uma perua bêbada em vias de ser abatida pelo impacto devastador da realidade.

Naquele universo, entre tantos outros maquiados, desinfectos e esterilizados, elas me pareceram as personagens mais próximas e reais. Um tipo que se pode esbarrar na próxima esquina. E por isso mesmo uma boa oportunidade de ver na pele do outro o vício que incomoda, o comportamento vicioso, passional, emocional além dos limites do equilíbrio, e as armadilhas dos conceitos que aprisionam e limitam o coração vasto e generoso dos sensíveis.

terça-feira, 11 de maio de 2010

INGRID E O LOOPING EXISTENCIAL



   Ingrid em Viver a Vida


Essa madrugada acordei dentro de um sonho e despertei. Sonhava com Ingrid. Eu me aproximei dela e lhe disse: Não sofra, não chore, deixe seus filhos seguirem seus destinhos, nada vale essa intolerância, siga o seu caminho e deixe que eles sigam o deles. Ela olhou para mim com um olhar terno, do tipo me socorre e TOIIIIM! acordei.

Todos temos dentro de nós um monstro chamado Ingrid. Para quem não identifica, Ingrid é a personagem de Natália do Vale na novela Viver a Vida da Rede Globo de Televisão. Uma mãe que se mostra intransigente, intolerante, arrogante na defesa dos seus filhinhos gêmeos trintões, um médico e outro arquiteto que anseiam o encontro afetivo e o acasalamento e a saída de casa.

Um deles, apesar do verniz, é o espelho da mãe: o arquiteto. E o outro menos evidente, escapa na mania fantasia do humor, na busca de uma mulher que se faça sua filha. Na história arrasta um relacionamento com uma alcoólatra que o aprisiona através do alcoolismo, até que ambos se afastam da neura e o moço encontra na cadeirante o caminho para projetar o seu amor e se libertar da sua “doença”.

A mãe, pobre coitada, sofre, que nem cão chupando manga, ao ver um filho se associando a uma cadeirante e tudo o que isto pode envolver e o outro se associando em princípio com uma prostituta (personagem construído com inconsistência) e no momento se vinculando a uma viúva, mãe de um menino.

A mulher não consegue se desfazer do sonho construído para os filhos, como se eles fizessem parte de uma estorinha que construiu para a sua vida. Descabela-se, agride, grita, berra, se faz invasiva, se mostra egocentrada, descompensada, e sofre.... e chora.., e entra no Looping existencial. Não aceita as escolhas alheias, o destino que os filhos escolheram e que estão seguindo, a imprevisibilidade da vida, e vai se desconstruindo como pessoa, mulher e como mãe, perdendo o sentido de viver, o humour de viver.

Mulheres como Ingrid existem aos montes, mesmo que geralmente não se mostrem tão estúpidas. As mulheres são mais inteligentes, administram melhor a realidade que as frustram em suas idealizações. Às vezes só assistem aos acontecimentos sem interferirem, ou interferem de forma mais dissimulada e mais oportunista e venenosa. Dificilmente se mostram tão transparentes, emocionais e verdadeiras como essa personagem, ou se permitem se desfazer do papel MÍTICO da “mãe” de forma tão intolerante.

A característica manifesta desta intolerância é mais masculina. Homens são mais explosivos, intransigentes e menos habilidosos para lidar com a frustração ou com a contrariedade. A vaidade das mulheres as fazem intransigentes habilidosas daquelas que não se mostram enquanto aponto os outros. A realidade mostra que este biotipo de mulher, ainda que sustente sua emoção possessiva, dominadora e castradora,  tendem a acabar exauridas pelo esforço de fazer o mundo girar ao redor de seus umbigos, doentes mal amadas e emocionalmente aprofundando o desequilibrio.

domingo, 9 de maio de 2010

DIA DAS MÃES



PARABÉNS!

 a todas as mães.

MÃES MULHERES, MÃES HOMENS,
MÃES DE TODOS OS SEXOS,
GAYS, LÉSBICAS, TRANSSEXUAIS,
DE TODOS OS BIOTIPOS,
FILHOS QUE CUIDAM DE PAIS FILHOS,
DE IDOSOS, DE ACAMADOS,
 PROFISSIONAIS DEDICADOS, RELIGIOSOS, 
VOLTADOS PARA TODO O TIPO DE GENTE,
PORQUE  A MÃETERNIDADE 
RESIDE EM TODOS
ATRAVÉS DO aeternus femininus
 QUE RESIDE EM NÓS.
ELA É A EXPRESSÃO DA COMPAIXÃO,
 DA FRATERNIDADE E DA BENEVOLÊNCIA
DA NATUREZA DA VIDA EM NÓS,
ELA É 
A MÃE ETERNA
E DIVINA EM NÓS.

E CAMINHO PARA QUE SEJAMOS PESSOAS  MELHORES
EM NOSSA JORNADA.


MATERNIDADE - IX

 

Engana quem pensa que a tarefa do homem seja menor, ou que a mulher como geratriz seja mais importante. Este diferencial só existe na cabeça humana, existem diferenças não em importância e grandeza. Na histórica luta pela sobrevivência o ser mais frágil quando gera é protegido, mas funciona apenas como instrumento da natureza da vida.

No caso da mulher, sua natureza já definida nas origens vem lhe oferecendo nesse momento a possibilidade de completar sua existência: a sua realização pessoal. Mas não é apenas a conquista da independência financeira ou econômica, a liberdade, o direito de escolha, a satisfação dos desejos expressão sexual, estilo de vida, remodelação do corpo, etc.

Quando penso em realização pessoal, penso no desafio de romper com os paradigmas históricos, culturais da mulher tradicional, apenas mãe, que renuncia à sua vida para lutar pela realização da vida dos filhos. Não que os pais não possam acompanhar seus filhos como adultos, mas falo no sacrifício de renunciar a vida pessoal e fazer da vida pessoal apenas a vida dos filhos.

Quando a mulher escapar deste conforto ardiloso ela avança para realizar o projeto pessoal de sua maturação com consciência do mundo, como transformadora da sociedade e das gerações futuras, deixando de ser apenas aquele sujeito que assiste as mudanças do mundo, mas se omite em suas transformações pessoais.

Daí que o grande momento dessa mulher moderna é mais do que exibir sua condição de deusa do sexo, ou de se esconder na maternidade sagrada. É a conquista da consciência como um SER MATRIZ e completo.

Poder realizar o seu destino de Geratrix, educar e formar a consciência e a afetividade do filhos, consubstanciar a nova família do século XXI não como adversária mas como parceira do homem para que a humanidade possa em sua escala de evolução romper as barreiras e abrir os portais da era de aquários.

Por isso essa nova maternidade dessa nova mulher aquariana precisa ser afetiva e libertadora, fortalecida nos vínculos do afeto e não da manipulação, no sacrifício, no flagelo ou na renúncia de si mesma é o que a natureza anseia para o destino humano.

sábado, 8 de maio de 2010

MATERNIDADE VIII

iluminura árabe, 1489


Em contraposição às imagens do post anterior, há é claro a operação cesária, derivativo do latin caesar “criança vinda ao mundo por meio de uma icisão”, corte, talhe, do latin incisum tardio.

Excluída a necessidade de segurança e de proteção é uma intervenção que realiza o necessário mas impede o evento transformador. Na fuga da dor deixa-se de viver o que fará falta na memória gênica da mulher. O corpo deixa de completar o que precisa finalizar.

Muitas são as mulheres que em nome da estética, para fugir da dor, simplismo, impaciência, desconexão, narcisismo, preferem o talhe, a incisão cirúrgica, à experiência do parto. Equivocam-se ao se referenciar na vaidade,  no encanto narcisico., Sinal de que precisarão compensar a culpa se mostrando na maternidade mais mãe do que o são na realidade, o que pode representar maior risco de se aprisionarem ou aprisionarem seus filhos numa relação que não se realiza, que não se completa.

Definitivamente é simplismo acreditar que não haja diferenças nesses eventos que determinem na mulher sua maturação como individuo. Enquanto um tipo enfrenta o impacto de um parto natural o outro é anestesiado e talhado para o parto. O amortecimento do impacto do parto impede uma vivência definitiva na vida de uma mulher, a partir disso elas podem passar uma vida tentando compensar para os filhos aquilo que impediram para elas.

Quanto aos homens, muitos são os que após assistirem a um parto não conseguem mais aproximação sexual com suas parceiras. Em geral, não conseguem fazer mais sexo com a mulher amante que se transforma em mulher mãe, mulher sagrada. Frente ao impacto do parto ficam emocionalmente impotentes e não conseguem diferenciar a mulher amante profana da maternal sagrada.

Não tenho dúvidas de que excluídas as situações de emergência médica, as mulheres fariam escolhas mais inteligentes para si se preparando para uma das várias possibilidades de parto natural. Desta forma completam mais uma etapa no processo de desenvolvimento e maturação de sua natureza psíquica.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

MATERNIDADE VII

Como disse, a maternidade é um acontecimento definitivo na vida da mulher. Uma pergunta simples: como um ser pode sair de uma experiência de parto sem se transformar? Penso que não há como após um parto a mulher sair sem ser transformada.  Vejamos:







       Louvemos!  à Deus

e

  às Mulheres.



quarta-feira, 5 de maio de 2010

MATERNIDADE VI


   Lara Stone

A experiência do parto pode ser considerada na vida da mulher uma experiência definitiva, porque independente da forma  como  responder a esse acontecimento, ela nunca mais será a mesma.
Muitos pensaram que a experiencia definitiva pudesse ser a descoberta da sexualidade, mas  com o passar do tempo, e da párática sexual, as mulheres podem considerar o sexo como uma vivência puntual e até banal, ainda que, nesses tempos,  massivamente a mulher venha aprofundando suas vivências sexuais e descobrindo o universo da luxúria. Luxuria que no passado victoriano podia ser visto como pecado ou como prática de  mulheres desqualificadas e vulgares.

Mas o domininio sexual da mulheres é fenomenal e como disse puntual. As mulheres têm mais controle e maior capacidade de sublimar. Nesses tempos cabeludos, a quem possa considerar que o vulcão sexual das mulheres se acendeu, temos que considerar que, como todos estamos sujeitos à compulsões, mulheres que se arriscam mais e se superestimam mais podem desencadear, como disfunção, comportamentos  sexuais compulsivos e ficarem mais suscetiveis à luxúria, mas em geral o poder de sublimação das fêmeas é mais significativo do que o dos homens. Elas são menos suscetíveis ao vício do que os homens, apesar de dizerem que quando a mulher se torna presa de um vício ela vai mais profundamente ao inferno do que os homens, mais ensandecida.

terça-feira, 4 de maio de 2010

MATERNIDADE V





Naturalmente quando penso em maternidade concebo uma maternidade que é matriz de vida. Por isso mesmo quando nos deparamos com mulheres que matam seus filhos parece a negação da maternidade nelas, uma negação em grau extremo de abandono.
 
Quando a mulher se vê obrigada a abandonar o filho em decorrência de qualquer que seja a razão, sem o querer passa por um sofrimento incalculável de abandonar-se a si mesma. O acontecimento é devastador para mãe e para filho. Mas mães existem que abandonam seus filhos mesmo os tendo por perto. Essas fazem parte de um biótipo que cresce em número, tanto em homens quanto em mulheres, de indivíduos que não conseguem estabelecer vínculos afetivos consistentes com o mundo ou com as pessoas. Esse biótipo faz parte de uma construção da natureza sociopática que cresce em incidência na sociedade moderna.
 
Não que não existisse no passado, mas a expressão pouco elaborada do afeto neste passado favorecia que esse Tipo, construído pela natureza para momentos especiais da espécie humana, ficasse misturado e pouco notado numa sociedade de poucas manifestações de afeto.
 
Com a evolução afetiva humana, conquistado como resultado do amadurecimento humano, a manifestação do afeto do biótipo afetivo aflorou e fez aparecer o tipo sem vinculo, o não afetivo, aquele que resiste aos sentimentos, se distancia dos vínculo de afeto ou se protege das emoções. Não que não os tenha, mas por possuírem um elevado nível de defesa e armaduras, construídas para evitar sua fragmentação e pulverização como individuo, acabam vivendo como que amortecidos e como que intocáveis pelos estímulos afetivos que envolvem as relações humanas. Esses se afundam em um egocentrismo patológico.
 
Esse tipo manifesto em homens e mulheres, no caso especial da mulher, pode ser suavizado pelo instinto maternal, mas mesmo que mantenham a responsabilidade da maternidade, em geral, evidenciam a dificuldade de criarem vínculos afetivos mais profundos com sua prole. Acabam se mostrando como mães abandônicas. Essas ainda são de uma estirpe melhor do que aquelas que não suportando os filhos gerados se descompensam e aniquilam seus filhotes.

 
Então temos, entre tantos outros, três tipos básicos:

 
  • Matrizes que matam o que criam por desequilíbrio psíquico não suportam a natureza materna; 
  • Matrizes que abandonam afetivamente seus filhotes mesmo mantendo-os próximos; 
  • Matrizes que mantém seus vínculos simbióticos e não libertam, nem se libertam de seus filhos.
                                                                                                      continua....

 Filhos precisam se libertar dos pais matando-os simbolicamente, ou se reconstruindo como individualidade singulares, mães precisam se libertar dos filhos depois de criá-los para que não cometam o suícidio.

domingo, 2 de maio de 2010

MATERNIDADE IV

 
Então vejam a dificuldade: A mulher sai de casa e conquista o mercado.

A sociedade capitalista tem esse mérito: libertou a mulher da prisão domiciliar, do jugo machista, da dependência do sustento, do trabalho semiescravo, pois não remunerado. Eu não estou pensando nas nascidas em posses, que podiam viver como dondocas bem servidas e com acesso às conquistas dos homens. Falo da mulher comum, sem oportunidades a não ser encontrar um macho para servi-lo, dando apoio logístico e filhos.

A mulher sai de casa e conquista o mercado. Mas quando pensamos que veremos uma mulher renovada, o surpreendente acontece: a mulher se encalacra  e se debate entre aquele papel tradicional, do qual não conseguiu se libertar, e o novo mundo cheio de oportunidades, mas que exigem novas atitudes, novas posturas. Inclusive a de abrir mão de velhos parâmetros confortáveis como, por exemplo, os velhos habitos de conduzir a maternidade, de ser mãe.

Tudo bem! Em períodos de transição é necessário cautela, e Bom Senso. Principalmente porque mudanças deixam-nos sem referências. Por isso o propósito dessas reflexões. Inicio de século, primeira década já no passado, tá tudo bem tá tudo certo, mas podemos nos preparar um pouco melhor para o futuro.

Poderíamos, por exemplo, nos perguntar: A sociedade está gerando pessoas melhores do que no passado nossas avós, bisavós e tataravós geraram?

As crianças de hoje são mais inquietas ou, pelo menos, diferentes já que grande maioria vive à base de ansiolíticos, antidepressivos e outras químicas de controle comportamental. E mesmo que pareçam mais inteligentes parecem mais desassossegadas, no sentido de vibrarem, uma oitava acima, como que fora do eixo. Às vezes o excesso pode ser mais fonte de desequilíbrio do que a falta.

Naturalmente são produtos de uma civilização que sofre transformações profundas e rápidas. Se sempre convivemos com a transição que é um evento permanente na existência, no passado as mudanças permitiam tempo para a digestão hoje podem causar congestão se o cidadão se distrair.

Mas independente deste mundo conturbado em que vivemos e desta sociedade cada vez mais complexa, vamos retornar para dentro de casa, para o seio familiar para tentar refletir sobre essa mulher moderna e a maternidade nestes tempos de confusa modernidade.

sábado, 1 de maio de 2010

MATERNIDADE III



Ninguém de bom senso duvida que a maternidade seja uma realização sagrada na natureza das espécies e determinante na vida da mulher. Fonte de vida por onde flui o rio Divino da vida. Mas a mulher não nasceu para realizar apenas a maternidade. A natureza divina não se faria padrasto da mulher lhe dando o peso sagrado da procriação sem lhe dar o direito da libertação. Seria como exigir da mulher o sacrifício de gestar sem o êxtase de transcender. A mulher definitivamente nasce para realizar seu destino coletivo, sentido coletivo, e para realizar sua pessoalidade.

Em principio nós realizamos o sacrifício divino, como filhos de Deus, já que todos estão destinados à morte. Mas se Cristo já nasceu Iluminado, nós como sacrificados temos pelo menos a chance de nos libertar e nos iluminar, em vida, através da conquista e aprimoramento pessoal. A nossa condição é muito mais precária do que a de Cristo, já nascemos pagando o sacrifício sem sermos iluminados.

A armadilha que a mulher vive parece-me esta: Nasce com um destino e dever sagrado de procriar a espécie, mas se extrapolar em seu dever, abandona o dever pessoal de realizar a sua ascensão libertadora como individualidade. Muitas são aquelas que acreditam que o dever sagrado sendo realizado, simultaneamente conquistam a benevolência divina, a libertação pela tarefa e sacrificio concluído. Eu penso que elas se equivocam. A maternidade é um dever relativo, não necessariamente um sacrifício pela dedicação. E não creio que o sacrificio possa levar alguem a outro lugar que não a reles morte e à perda da oportunidade de realizar os desígnios de viver.

Caso contrário mulheres que não realizassem a maternidade seriam sacrificadas, na impossibilidade da libertação pessoal. O que é inconcebível. Mas...

A maternidade realizada com a responsabilidade devida liberta a mulher e não a aprisiona. E quando a aprisiona é sinal de que a mulher em nome do seu dever coletivo e da responsabilidade se esquiva do compromisso pessoal, evita o desafio de ter que se libertar do coletivo, de empreender a jornada pessoal. O que é um excesso e representa uma limitação na dinâmica de maturação da mulher.

A mulher nasce com seu corpo preparado para a tarefa reprodutiva. O homem apenas como um coadjuvante especial. Um não realiza o feito sem o outro. A tarefa do homem não é menos importante do que a da mulher. Mulheres tendem a acreditar que o ato da criação nelas seja mais importante do que a do homem. Engano. Pode ser mais trabalhoso e definitivamente diferenciado, mas não mais importante ou divino.

Podemos e devemos sacralizar a maternidade, posto que Obra Divina, mas não é o divino, não é as Grande Obra, é parte dela. E a chama sagrada acesa com o estopim do homem é naturalmente Obra do Divino que não pode ser considerada como Obra Menor. Quando as mulheres se superestimam e se divinizam, subestimam o homem, abandonam o próprio filho que geraram negando o poder sagrado da maternidade nas outras. O que elas geram presta e o que as outras geram não presta.

Uma pausa: São apenas reflexões em uma manhã de sábado...

continua...