domingo, 9 de maio de 2010

MATERNIDADE - IX

 

Engana quem pensa que a tarefa do homem seja menor, ou que a mulher como geratriz seja mais importante. Este diferencial só existe na cabeça humana, existem diferenças não em importância e grandeza. Na histórica luta pela sobrevivência o ser mais frágil quando gera é protegido, mas funciona apenas como instrumento da natureza da vida.

No caso da mulher, sua natureza já definida nas origens vem lhe oferecendo nesse momento a possibilidade de completar sua existência: a sua realização pessoal. Mas não é apenas a conquista da independência financeira ou econômica, a liberdade, o direito de escolha, a satisfação dos desejos expressão sexual, estilo de vida, remodelação do corpo, etc.

Quando penso em realização pessoal, penso no desafio de romper com os paradigmas históricos, culturais da mulher tradicional, apenas mãe, que renuncia à sua vida para lutar pela realização da vida dos filhos. Não que os pais não possam acompanhar seus filhos como adultos, mas falo no sacrifício de renunciar a vida pessoal e fazer da vida pessoal apenas a vida dos filhos.

Quando a mulher escapar deste conforto ardiloso ela avança para realizar o projeto pessoal de sua maturação com consciência do mundo, como transformadora da sociedade e das gerações futuras, deixando de ser apenas aquele sujeito que assiste as mudanças do mundo, mas se omite em suas transformações pessoais.

Daí que o grande momento dessa mulher moderna é mais do que exibir sua condição de deusa do sexo, ou de se esconder na maternidade sagrada. É a conquista da consciência como um SER MATRIZ e completo.

Poder realizar o seu destino de Geratrix, educar e formar a consciência e a afetividade do filhos, consubstanciar a nova família do século XXI não como adversária mas como parceira do homem para que a humanidade possa em sua escala de evolução romper as barreiras e abrir os portais da era de aquários.

Por isso essa nova maternidade dessa nova mulher aquariana precisa ser afetiva e libertadora, fortalecida nos vínculos do afeto e não da manipulação, no sacrifício, no flagelo ou na renúncia de si mesma é o que a natureza anseia para o destino humano.

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