terça-feira, 29 de junho de 2010

PORQUE ELAS AMAM SOCIOPATAS VI



No passado, nem tão remoto assim, enquanto as mulheres se escondiam atrás da submissão, esse biótipo se escondia na máscara do Machismo. Não precisavam se expor, bastava apresentar a máscara incorporada de autoridade, poder de comando, enquanto as mulheres se submetiam ao jugo.

Se hoje em dia a sociedade se mostra contínua e coletivamente descompensada, no passado podemos pensar numa sociedade dividida, entre o profano e o sagrado, eram dois universos: uma sociedade “sagrada” que se sustentava nos princípios religiosos e da construção familiar e uma outra, fora da família, onde homens respeitados e mulheres “desqualificadas” viviam a vida profana. Viviam suas fantasias fora de casa e dentro da família se sustentavam como ícones de integridade. O que lhes permitiam maior domínio sobre esse universo onde tinham o poder de autoridade, de exigir e comandar.

Com o surgimento da sociedade de massa e com a libertação da mulher a igualdade permitiu a reordenação dos valores em novas bases e em novos princípios. Essa nova mulher com vontade própria que surge para assumir sua vida, suas escolhas, sua família independente da presença ou da dependência do macho colocou em cheque e obrigou esse biótipo a colocar sua cara de fora. Obrigou a se mostrar.

E os conflitos apareceram principalmente porque eles possuem um limiar reduzido de flexibilidade. Quando o limiar de flexibilidade é reduzido o individuo apresenta dificuldades na aceitação de mudanças. As mudanças se tornam ameaçadoras ou tiram o conforto do "aparente controle" que realizam no exercicio de manipulação do meio, acontecimentos e pessoas. O Sujeito pode até trabalhar como um consultor avançado em mudanças e em transformações, em nível da idealização ou de conceitos, mas na prática, ou na vida pessoal eles não consegue aplicar o conceito que vende como inovador.


sábado, 26 de junho de 2010

PORQUE ELAS AMAM SOCIOPATAS V



Tenho dúvidas se o número de Sociopatas cresce ou se eles estão ficando mais visíveis. É claro! Se a população aumenta, eles aumentam proporcionalemente. Mas penso nun crescimento acima do que seria esperado.

Algumas possibilidades do crescimento desse biótipo são:

A relação direta com o comportamento mais liberto das mulheres que as permitem expressarem mais livremente a rejeição que sentem pela gravidez indesejada, contrariando o arquétipo maternal originário no instinto reprodutivo e de geratriz da espécie;

O aumento da população mundial, que faz crescer a presença do biótipo sociopata;

As consequências causados pelas mudanças ambientais poderão ser devastadoras, e a natureza cuida de produzir um biótipo frio e calculista, pronto para responder às exigências do meio ambiente instável,(abordarei posteriormente este detalhe).

De qualquer forma, as mudanças radicais que trouxeram as mulheres para os campos de batalhas masculinos, abriram espaço para que elas conquistassem o direito e a opção de viverem fora do casamento ou excluindo a natureza maternal. Mesmo que esta natureza sobreviva de forma simbólica projetada em outros comportamentos.

Se esta mulher moderna, que conquista sua independência, escolhe seus caminhos, seus homens, sua profissão, seus horários, seu estilo de vida e vive sua sexualidade de forma livre, se vê frente uma gravidez não planejada e indesejada, sendo obrigada a fazer escolhas e submetidas à natureza animal, o acontecimento pode ser devastador. Entre a realização da natureza maternal e a realização como individuo livre. Entre a cruz e a espada. A rejeição a um ou a outro lado deixará marcas indeléveis, pelo confronto que provoca submetendo o individuo e impondo-lhe um estado que tende a mudar sua dinâmica de vida. Mesmo que escolha a liberdade e o direito de não gerar, tenderá a ficar submetida à culpa pela interrupção da gravidez.

Na fantasia e na idealização a maternidade é fantástica para quem a busca. E um desafio incalculável para quem não a planejou. Neste caso, a rejeição é aplicada ao estado de grávida e não ao filhinho concebido. É uma resposta ao confronto que a vida submete o individuo. O filho concebido se torna obra do pecado, e pagará o preço do pecado tanto quanto a mãe descuidada que aceita o confronto do destino.

Óbvio que, neste vasto mundo, os eventos são tão inumeráveis, e acima citei apenas um exemplo ligado à concepção. Mas inúmeras são as possibilidades que podem levar uma mulher a negar em si o instinto de preservação da espécie, a maternidade, a sua natureza de geratriz e a rejeitar sua cria no nascedouro.

E a natureza responderá produzindo indivíduos que não conseguem estabelecer, relações fraternas, vínculos afetivos consistentes, trocas afetivas, partilhamento, negando um principio básico da vida: O princípio do partilhamento, da natureza que submete todos a um único sistema e os obriga a dar e receber.

Definitivamente, a democracia tirou as mulheres de dentro de casa, mas o preço inevitavelmente transforma a sociedade humana. De imediato é possível ver que repetimos a dinâmica do universo, expansão e retração, já é possível vislumbrar na sociedade humana: Evolução e retrocesso. Se antes a força era de evolução hoje o destino humano já é dividido com a involução. Por enquanto as sombras que não nos seguravam já podem estar prevalecendo.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

PORQUE ELAS AMAM SOCIOPATAS IV


Já não sou mais amante do cinema como no passado, o pouco tempo obriga-me a outras escolhas, mas não deixo de acompanhar um pouco do que é produzido. Outro dia, por exemplo, pude assistir a um episódio da série CSI – Investigação Criminal. Gosto da série, reduzidos conflitos pessoais, em dois extremos, competições sociais, de um lado e assassinatos do outro. Investigações criteriosas nas reconstruções de realidades, feitas com certa objetividade e detalhamento. Só tenho dúvida se os casos são pinçados da vida real ou construídos para a ficção. Mas, mesmo que sintéticos me parecem interessantes!

Esse, em especial a que me refiro, relatava a morte de um sujeito dono de Cassino em Las Vegas encontrado morto na escadaria de sua mansão numa noite de 5ª feira, pela esposa. O sujeito era dominador, controlador, manipulador, chantagista, sequestrador, etc., entre outras características possíveis a um sujeito voltado para explorar a fantasia, a compulsão e a magia dos números na imaginação humana.

O sujeito sofria de infantilismo, a prática de comportamentos regredidos à infância. Na noite de 5ª feira se dedicava à satisfação de seus desejos patológicos. Tinha controle de uma mulher jovem e bonita, de quem havia retirado o filho ainda bebê, que o assistia como a mãe, vestia-se como matriarca, dava-lhe de mamar nos seios, limpava suas sujeiras, dava-lhe palmadas e o repreendia, cantava para ninar e fazia-o adormecer.

O estereótipo de uma vivência não consumada, ou consumada como rejeição. Em uma dessas seções, o sujeito descompensa, sai do controle e gritando que queria voar, pula da sacada da casa, vindo a encerrar sua tragédia humana.

Mas um detalhe chamou-me a atenção, e que me leva a relatar esses fatos. O investigador, à procura de respostas, entrevista sua mãe, uma senhora idosa, que não via o filho, suicida, há sete anos, hospitalizada e acamada, solta essa pérola:

MINHA MÃE DIZIA:

SE QUERES FAZER DA CRIANÇA UM HOMEM

NÃO LHE OFEREÇA OS SEIOS.
E completou:

O MUNDO HOJE ESTÁ ASSIM,

PORQUE AS MULHERES MIMAM SEUS FILHOS.
Claro que a afirmação me soou conhecida. O cinema para mim é diversão, No passado, gostava de filmes ditos de “arte”, mas hoje os evito. Em geral, parecem-me pretensiosos e cansativos. Nada espero além de entretenimento. Mas escutar uma frase como essa me formou um silêncio instigante.

Ela é a afirmação que venho sustentando: a de que a Sociopatia se inicia no desenvolvimento do feto como resultado de rejeição materna ainda na formação do feto e consolidada no impedimento da formação de uma relação de simbiose que permita ao individuo a sua sustentabilidade como organismo e a sua configuração com um individuo capaz de estabelecer relações interativas afetivas.

Como o sujeito não consegue essa vinculação com a mãe, acaba desenvolvendo relações sociais que não se consolidam na afetividade e consequentemente não estabelece relações de afeto, mais profundas, com o sexo oposto. E como uma ilha se perde no seu projeto pessoal isolado, ressentido, vingativo... Fracassado, realidade que será compensada pela conquista do poder como autoridade ou de forma destrutiva evoluindo para a psicopatia.


sábado, 19 de junho de 2010

PORQUE ELAS AMAM SOCIOPATAS III


Os que acompanham podem ter percebido que fazia a leitura de um sonho no Blog A Linguagem dos Sonhos quando acrescentei comentários sobre a auto estima, e essa reflexões levaram-me a conclusões que considero significativas  para a compreensão da origem da Sociopatia, biotipo humano que estudo e pesquiso há muitos anos.  Por isso resolvi fazer uma abordagem neste Blog como uma tentativa de jogar luz para aqueles que sofrem nas mãos deste tipo, que estudam ou que se interessem pelo esse tipo psicológico. Estou apenas indo com cautela para detectar até onde avanço ou aprofundo o tema já que envolvem inevitavelmente pessoas humanas e que com certeza estão hoje, em grande número, em todas as tribos espalhadas pelo mundo.
E sinceramente ainda não estou bem certo de devo ou não avançar no tema.

O tema que escolhi para esta série de post sempre me instigou:

Porque mulheres excepcionais, especiais, maravilhosas, inteligentes se apaixonam por sociopatas?

Porque elas são tão facilmente fisgadas por este biótipo predador?

Eles são definitivamente manipuladores e sedutores e claro adoram conquistar mulheres de primeira linhagem, exuberantes e inteligentes. É um desafio! Mas sempre que realizam suas conquistas eles acabam mostrando que não têm afeto para partilhar, são ególatras por natureza desenvolvida, preferem mulheres limitadas já que são fáceis de manipular e de conduzir aceitando o comando que querem dar à relação do casal.

Mas todas, depois de conquistadas são reduzidas ao papel mais tradicional de mulheres subjugadas e dominadas. Quando elas não permitem o domínio pleno deste biotipo masculino, as relações se tornam destrutivas e terminam em conflitos extremos ou em agressividade e ódio, quando não acabam em morte.

Naturalmente podemos pensar na identidade que aproximam as pessoas envolvidas num relacionamento. E é assim que nasce a relação: Homens e mulheres, eles atendem as expectativas delas de conquistarem um principe encantado, macho inteligente, profissionalmente bem postado, que atrai o olhar de outras fêmeas, românticos, atenciosos,  capazes de diálogos, de entendimento da mulher e de participar da realização dos sonhos femininos. Mas depois que elas se apaixonam, eles se tornam miseráveis afetivos, fugidios e passam a dominá-las pela falta, alimentando-as na obsessão afetiva negando-lhes o afeto básico e reforçando a frustração da expectativa.   

Primeira conclusão: Eles se utilizam das fantasias femininas para iludi-las vendendo a imagem de Príncipes, quando não passam de sapos venenosos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

PORQUE ELAS AMAM SOCIOPATAS II



Os comentários abaixo são do post "sobre a auto estima" do Blog A linguagem dos Sonhos

Em geral podemos pensar a autoestima como a Resultante de um conteúdo Vivo que determina o formato, a Gestalt, de resposta que apresentamos às exigências da realidade. Mas não se deve esquecer que esse conteúdo foi formado a partir da relação com o mundo e determinada pela força do impacto que a realidade desse mundo exerce sobre nós. A realidade não favorece ou não alivia a pressão que aplica sobre o individuo, mas seu cenário pode favorecer ou desfavorecer o sujeito.
Quando deixamos de lado os fatores externos pode-se detectar a baixa estima como um fenômeno apenas intrínseco e originário do sujeito ou resultante de conteúdos que se configuraram a partir de eventos internos determinando sua história e sua formação na inferioridade.
Sempre se considerou o nascimento, e o parto, como determinante para o desenvolvimento sadio da criança. Eu acrescento que a mudança de um meio onde o feto está protegido pelo corpo da mulher e por uma bolsa preenchida com líquido, para um meio onde ela de cara já recebe o impacto da Deformação do Espaço já pode ser definitivo na separação e determinação da realidade do sujeito. Sem considerar o antes, Volume do líquido da bolsa, impactos sofridos nesse ambiente, (sonoros, mecânicos, de incidência de luz, etc.).
O que quero salientar é que estas variáveis são definitivas na formação da autoestima, ou dos conteúdos que definirão a forma como o sujeito se relacionará com a realidade.
O fator externo pela pressão que exerce no sujeito pode ser determinante na criação do sujeito subjugado, essa incapacitação que o individuo apresenta como resposta à realidade. Este fator externo, quando o cenário não favorece o individuo, obriga-o a um esforço muito maior do que o que seria de se esperar. O sujeito inserido num cenário de pressão elevada diferentemente de outro, inserido num cenário de proteção que amortece as pressões, vai ser obrigado a desenvolver mais esforço para superar dificuldades e para realizar conquistas do que aquele que encontrou o cenário mais favorável. A pressão do mundo é igual para todos, mas a realidade do cenário em que estamos inseridos pode ser positiva ou negativa. Quando positivo, fortalece o individuo, favorece e estimula a formação de respostas diante de ameaças da realidade. Mas se negativo, obriga-o à formação defensiva, não estimula respostas, mas obriga-o ao recuo e consequentemente exige-lhe mais esforço.

Infelizmente, para o individuo superar, dissolver e integrar esses conteúdos que ao longo dos anos serviram-lhe como defesa, para lhe proteger das ameaças, para aplacar a força do mundo nos seus ombros, é necessário paciência e fortalecimento do limiar de resistência à frustração.
É preciso romper com o prazer da dor. Dor e sofrimento também propiciam prazer compulsivo.
É preciso romper com a necessidade de ser foco de atenção pelo aspecto negativo, como vítima.
É preciso encontrar forças para superar as dificuldades que mantêm o sujeito passivo, o que aumenta o impacto devastador da realidade sobre ele.
E acreditar... Que nós merecemos o melhor da vida, não como vítimas, mas como Guerreiros que todos somos.


As observações contidas nos comentários anteriores me levam a crer que: O Fator externo não é apenas determinante na formação da autoestima do individuo, amortecida pela presença de afeto como evento equilibrador, mas pode ser o evento marcante para o aumento da incidência de SOCIOPATIA na sociedade moderna se essa pressão externo vier acompanhada de ausência de afetividade na formação do individuo.

sábado, 12 de junho de 2010

PORQUE MULHERES AMAM SOCIOPATAS




Na década de 1970 comecei a me voltar para o estudo das psicopatias. Nos anos 80 devido o aumento do número de mulheres que me procuravam para apoio terapêutico em decorrência de relações conflituosas e atormentadas e angústiantes com homens agressivos, intolerantes, inflexíveis, arrogantes, manipuladores, e mentirosos contumazes, detectei aproximadamente em 1986 um biótipo masculino que aparecia com psicopatias, mas não tinham a beligerância destrutiva deles. A esse biótipo comecei a designar como Sociopata, nome que se mostrou correto, pois nos anos seguintes ja haviam tambem sido detectados por studiosos da área nos Estados Unidos e assim nominados.

Naquele período, eles ja se mostravam e se manifestavam de forma atuante na sociedade mundial em números que percebia como crescentes. Não que não existissem no passado, existiam em menor número ou adaptados dentro de um cenário social que não abria brechas para se manifestassem de forma mais visível.

Desde então nunca mais deixei de focar o olhar neste tipo de indivíduos (homens e mulheres),aprofundando minha compreensão sobre a personalidade deste Biótipo.

Uma das características marcantes e comum da personalidade deles, é o que sempre me pareceu, a presença   de  Complexo de Superioridade que compense e equilibre a força da ação do Complexo original e primário de Inferioridade que constituem a base, para mim, da origem da deformação do caráter.

Como a deformação do caráter é padrão, nunca considerei como evento significativo na investigação, mas me voltei para o entendimento dessa suscetibilidade, ou tendência para a deformação do caráter. Por isso meu olhar para formação do Complexo de Inferioridade me instigava como um dos eventos significativos na definição da tendência de deformação do caráter.

Naturalmente nem todo individuo que desenvolve conteúdos para a formação do Complexo de Inferioridade desenvolvem ou se transformam em Sociopatas, mas todo Sociopata tem em evidência o Complexo de Inferioridade.

Para C.G.Jung a conformação do complexo se dá de forma indetectável e indeterminada, e no processo psicoterápico se dissolve sem um porque detectável.

Mas todos esses anos de estudo levaram-me a não me ater em conceitos que são apenas sinalizações de investigação e não conclusões definitivas, assim aprendi com a mente investigativa de Jung, estudando sua obra, seus registros. E ontem uma luz se acendeu para me esclarecer um pouco mais sobre essa questão, que dividirei com aqueles que vêm a esse Blog.

Ontem relia  os comentários feitos sobre Autoestima.

 http://alinguagemdossonhos.blogspot.com/2010/06/sobre-autoestima.html

Continua.....

quinta-feira, 10 de junho de 2010

TODO MUNDO NÚ

A noticia:-

"Há um grupo de pessoas no Facebook que dizem que, se o Chile ganhar a Copa, sairão para comemorar nus pelas ruas. Por causa disso, eu faço essa promessa aqui. Se a seleção chilena sair campeã, venho fazer o programa nua - avisou Conserva."
Há algumas semanas atrás o Técnico Maradona avisou que se a Argentina ganhar a copa da Africa, sairá pela pelas ruas de Buenos Aires.
Os grupos no Face Book se multiplicam de pessoas prometendo sair nuas para comemorar a conquista do campeonato.

A associação e a questão são imediatas:  Estariam as pessoas querendo apenas se promover, ou elas estão simplesmente mostrando a necessidade de exporem suas intimidades para o coletivo como forma de se 
diferenciarem do coletivo ou de se diluirem nesse coletivo?
Há muitos anos deixei de não considerar eventos sociais e coletivos que se agregam pela identidade de atitudes.
Por exemplo: quando o facismo se anuncia no comportamento de um ditador, ou seja, quando um ditador se arvora em salvador de uma sociedade em nome da história, minha luz de alerta se acende. Esse tipo de comportamento contamina gente da mesma espécie, e um evento isolado e regionalizado pode se expandir e se tornar continental. É o receio que nutro pelo esquerdismo oportunista de Chaves.

Esse comportamento de oferecer a nudez, gratuitamente, em nome de uma comemoração ou para que os outros comemorem chama-me a atenção. Parece-me ritual de sacrificio.
Ofereçer a nudez, abandonar as máscaras sociais, mostrar ao outro como realmente se é.
Parece instigante. Tirar a roupa em nome da celebração, como homenagem. Não o fazer por dinheiro, como é o desejo de muitas, vendendo a nudez. Oferecendo-a de graça como celebração. 
A nudez que no primitivismo podia ser natural se tornou interessante a partir de sua cobertura. A curiosidade foi acionada e o mistério se fez magia. O natural se transformou em especial, excepcional e se criou o ritual da retirada dos véus para que a consciência, sabedora, do pecado pudesse observá-lo.

Se na tradição religiosa a maçã  degustada simboliza o homem abandonando a inocência, a ingenuidade e a tomada de consciência do prazer e do pecado. Para mim quando o ser humano cobriu seu corpo e conquista a consciência pela curiosidade deperta. A consciência nasce dessa curiosidade. Por isso fico a pensar se o ritual de oferecimento da nudez não é mais do que satisfazer a curiosidade do outro de ver, ou a necessidade do sujeito de se mostrar, para ser a busca do  individuo no reencontro consigo mesmo, num ritual de sacrificio e oferecimento, nesta sociedade saciada e despersonalizada.

E voce?  Se oferece ao sacrificio neste ritual para rencontrar-se consigo mesmo, nu?

terça-feira, 8 de junho de 2010

AMERICANAS SAXÔNICAS E LATINAS IV


IV

O projeto de aleitamento materno implementado no Brasil, não sei informar em quais outros Países existe, é um passo fenomenal na diminuição de formação de indivíduos com biótipo de Sociopatia. É óbvio que a sociopatia não nasce apenas em decorrência de eventos relacionados à vivência simbiótica do filho com a mãe, mas esse vínculo é essencial como base e pré-requisito para a formação de um individuo mais sadio.

Pensando na constituição do “homo brasilienses” acredito que é uma interveção fenomenal que o estado realiza e que no futuro definirá a existência de indivíduos sadios de corpo e mais sadios emocionalmente.

Acreditando que atiram em um coelho, diminuir o índice de mortes na primeira infância, estão acertando em dois, diminuindo a incidência no desenvolvimento de indivíduos com características de sociopatia. Ganha a sociedade

sábado, 5 de junho de 2010

AMERICANAS SAXÔNICAS E LATINAS III




Tenho a impressão que a afetividade da mulher latina (no caso a brasileira) permitiu uma vivência corporal, e oral afetivamente mais próxima do que a mulher americana. Os americanos sinalizam uma oralidade não vivenciada devidamente na fase de simbiose, enquanto os brasileiros se desvencilham dessa oralidade pela intensidade do calor afetivo latino e avançam para estágios mais avançados do desenvolvimento, se fixando como foco na genitália feminina.

Neste aspecto a tendência das brasileiras de se armar com bustos grandes, parece que pouco tem a ver com uma suposta preferência do homem brasileiro por seios fartos. Se ele é o alvo elas podem estar equivocadas em seus jogos de sedução, não é questão apenas de visão, mas de interesse. O mais provável é que as mulheres vêm sendo alvo de uma articulada manipulação partindo da associação de interesses entre indústrias de próteses e de mediadores cirúrgicos representantes de uma medicina comercial.

Ou apenas estão realizando uma competição selvagem com outras mulheres realçando o atributo que transforma a mulher em símbolo materno. Se os americanos preferem as mães amamentadoras por que reavivam a relação incestuosa e pervertida projetada na mulher que querem punir, possivelmente isto afaste os brasileiros que tem preferência pela mulher não tão ambivalente, procuram menos a relação edipiana incestuosa e mais a profana com a Eva pecadora. Querem mais descobrir a floresta do que devastar a seiva.

As relações que traumaticamente interrompem o processo simbiótico ou que inserem indivíduos em núcleos familiares dissociados, pouco afetivos, e sem vínculos tendem a favorecer a construção de indivíduos que não conseguem estabelecer vínculos afetivos interpessoais ou coletivos, não conseguem estabelecer uma conexão de relação, logo não possuem comprometimento social e apresentam tendências à sociopatia. Indivíduos centrados apenas na sustentação de seus projetos pessoais.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

AMERICANAS SAXÔNICAS E LATINAS II


         Seios Fartos - Leite  Abundante


Seios fartos leite abundante, fome saciada, simbiose vivida. Mas se não é ofertado, de que adianta a fartura dos seios ? Para alimentar o ego inflável, a vaidade miserável, e produzir o ser irrealizado, relaçoes simbióticas eternas.

As relações que intensificam a simbiose, tornando-a mais intensas, em princípio, propiciam a criação de vínculos mais possessivos e de mais dependência, dificultando as separações e propiciando a formação de individualidades mais personalísticas, fechadas em tribos, famílias, grupos fechados, o que é característico das famílias brasileiras mais agregadas.

As relações pouco simbióticas ao contrário favorecem as separações afetivas, o surgimento de individualidades mais egocentradas, competitivas e afetivamente distanciadas, protegidas e defensivas, típicas de sociedades que se agregam a partir de conceitos e mitos e não de afetos, sentimentos e identidades.

Possivelmente nestas diferenças possamos encontrar também a manifestação em brasileiros de um complexo de inferioridade e baixa estima coletivo diferentemente de americanos que desenvolvendo suas relações de separação acabam se superestimando para compensar a mãe abandônica e compensam a dissociação com a formação do complexo de superioridade coletivo que infla e defende o ego da ausência do afeto.

As brasileiras, apesar da multiplicidade de origens experimentaram uma conquista territorial menos selvagem, mais suave e lenta. Possivelmente esses fatores diferenciais permitiram a essas mulheres encontrarem um meio menos ameaçador, menores resistências na ocupação territorial e a se manterem no papel de submissão, resguardando a feminilidade e a maternidade apoiadas na posição de domínio do masculino (contrário ao papel de igualdade da mulher americana do norte).

Nossa constituição como laboratório racial diferentemente dos nortistas americanos que se mantiveram mais puros com pouca miscigenação, também deve ter favorecido o enriquecimento e troca de experiências afetivas maternas como sociedade mais propícia às trocas.

A proximidade afetiva construída entre negros, índios e europeus, diferentemente de anglo saxões, permitiu não apenas a interação multi racial no maior laboratório Interracial do mundo, mas troca racial da experiência afetiva e a formação de nova vertente racial do homem moderno, o Homo Brasilienses, consolidando nossa tendência latina à emoção e ao afeto manifesto. Anglos saxões tendem mais à contenção e ao não manifesto afetivo, característica de origens de povos guerreiros que não podiam, no passado, se abater por perdas afetivas decorrentes de batalhas ou de situações climáticas adversas.