No passado, nem tão remoto assim, enquanto as mulheres se escondiam atrás da submissão, esse biótipo se escondia na máscara do Machismo. Não precisavam se expor, bastava apresentar a máscara incorporada de autoridade, poder de comando, enquanto as mulheres se submetiam ao jugo.
Se hoje em dia a sociedade se mostra contínua e coletivamente descompensada, no passado podemos pensar numa sociedade dividida, entre o profano e o sagrado, eram dois universos: uma sociedade “sagrada” que se sustentava nos princípios religiosos e da construção familiar e uma outra, fora da família, onde homens respeitados e mulheres “desqualificadas” viviam a vida profana. Viviam suas fantasias fora de casa e dentro da família se sustentavam como ícones de integridade. O que lhes permitiam maior domínio sobre esse universo onde tinham o poder de autoridade, de exigir e comandar.
Com o surgimento da sociedade de massa e com a libertação da mulher a igualdade permitiu a reordenação dos valores em novas bases e em novos princípios. Essa nova mulher com vontade própria que surge para assumir sua vida, suas escolhas, sua família independente da presença ou da dependência do macho colocou em cheque e obrigou esse biótipo a colocar sua cara de fora. Obrigou a se mostrar.
E os conflitos apareceram principalmente porque eles possuem um limiar reduzido de flexibilidade. Quando o limiar de flexibilidade é reduzido o individuo apresenta dificuldades na aceitação de mudanças. As mudanças se tornam ameaçadoras ou tiram o conforto do "aparente controle" que realizam no exercicio de manipulação do meio, acontecimentos e pessoas. O Sujeito pode até trabalhar como um consultor avançado em mudanças e em transformações, em nível da idealização ou de conceitos, mas na prática, ou na vida pessoal eles não consegue aplicar o conceito que vende como inovador.
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