domingo, 28 de fevereiro de 2010

ELAS SABEM, OU NÃO SABEM, O QUE QUEREM ?

 
Que em toda a história da civilização humana este é o momento onde mais o ser humano experimenta a dinâmica de mudanças no menor tempo não resta dúvidas, por isso mesmo nessa era globalizada e acelerada, informação é matéria diferencial na sociedade competitiva. Então para ampliar a reflexão mais uns Pixeis de dados:
                        Para quem pensa que conhece bem o sexo feminino, separei essa pesquisa saindo do forno para a mesa de quem está aberto a compreender as nuances deste complexo biótipo da natureza. Pesquisa revela o quanto as mulheres mudam de ideia rapidamente.

                        A pesquisa feita em parceria da marca de desodorante AXE Unilever e o Instituto QualiBest Concluiu que as mulheres mudam de ideia o tempo todo, têm maior facilidade de adaptar em meio as mudanças e apresentam facilidades de conversar sobre diferentes assuntos. A pesquisa reuniu opiniões de 882 mulheres, de dez capitais brasileiras: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, além do Distrito Federal.

Mulheres em busca do novo.

                       O estudo, chamado "De mulher para Mulheres", mostra que a mudança é o que define a mulher brasileira moderna e isso implica em ela estar sempre em busca do novo. A partir desse estudo, identificou-se a tendência "Mulheres em Transição". Elas mesmas se percebem como agentes de inovação. A pesquisa contou com a consultoria da Professora Maria Arminda do Nascimento Arruda, Professora Titular de Sociologia da Universidade de São Paulo. Segundo ela, "com tantas quebras de paradigmas, necessidade de mudança e busca pelo novo, para as mulheres, as coisas podem perder o frescor, o caráter de novidade".

Mudança de opinião

as mulheres relatam que algumas das influências para elas mudarem de opinião rapidamente são:

49% 'maior facilidade de se adaptarem às mudanças do ambiente onde vivem';

46% 'observar que a opinião anterior estava errada';

42% 'ser convencida pelos argumentos de outra pessoa';

38% 'ser uma característica da própria pessoa';

36% "as mudanças repentinas de humor", entre outros.

Sobre os momentos que mais mudam de ideia, elas relatam:

49% 'na escolha de roupas para sair';

48% 'durante a compra de roupas, acessórios e sapatos';

39% "durante a compra no supermercado'.

Aspectos visuais

Questionadas sobre os aspectos visuais que elas mudariam naquele momento:

28%, 'corte de cabelo';

20%,'tipo de roupa' ;

19%, 'cor de cabelo' ;

13%, 'algum tipo de acessório';

7%e 'cor do esmalte das unhas';

6% dizem que não mudariam nada.;

Mulheres x homens

Em relação às diferenças entre homens e mulheres, para

71% "gostar mais de ficar do que namorar" é um aspecto masculino.

3% acreditam que esta seja uma característica mais feminina.

55%, 'ter mais objetividade' também é uma característica deles.

São características tipicamente femininas.

68% 'reparar mais no cheiro do perfume de outra pessoa'

55% 'mudar de ideia o tempo todo'

Relacionamentos
                    A pesquisa também procurou entender as mulheres em seus relacionamentos. Elas dizem que para cada situação relacional, os homens precisam apresentar determinadas características. Por exemplo, para casar, os homens precisam: fazê-las se sentirem únicas e especiais, ser um bom ouvinte, ter um emprego estável, entre outros. Para namorar, serem bem-humorados, perfumados, surpreenderem com pequenos presentes e 'ter pegada'. Para simplesmente ficar, precisa ser bonzinho, bonito, fazer o tipo cafajeste, malandro e vestir-se bem, na moda.

                                                 E AÍ? Vamos dissecar esse dados?

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

MULHER MULHERES

Para que tantos olhares?
E tantas bocas, braços e mãos?
Prá mostrar que eu sou poderosa!
  E prá que tanto poder?
A vida definitivamente é um desafio. Tenho compaixão por aqueles que com o passa dos anos, carregam cansaço, desesperança, sofrimento, e perdem o frescor e o foco naquilo que é essencial neste desafio.


Seres humanos já deram mostras fenomenais de sua capacidade e força para superar desafios. Eles existem de todas as formas possíveis. E a mulheres vêm sendo em nossa era os seres que mais mostram determinação para superar desafios impostos pela incivilidade machista.

Mulheres possuem limiar de resistência à dor muito superior aos homens, bem como capacidade de atenção em situações de múltiplos eventos superior aos homens. Enquanto os homens têm preferência por centralizar suas ações em um foco, as mulheres se gabam de fazer duas, três, cinco ou mais coisas ao “mesmo tempo”.

Ao longo do processo de evolução o homem desenvolveu essa capacidade de foco como defesa e como sobrevivência em ambiente hostil. E ao contrário do que possa parecer esse não é o defeito, mas a qualidade. E no caso das mulheres, O diferencial que poderia ser a qualidade (grande poder de mobilizar a capacidade de Atenção e concentração) se pulveriza no aumento do nível de tensão que induz ao aumento de uma suposta capacidade pró ativa.

Na evolução a realidade exigiu dos homens para sua sobrevivência maior atenção no foco, em uma única ação e isso evitou que ele na “caça” de animais, ou na batalha, se tornasse alvo “caçado”.

Esta mesma realidade exigiu das mulheres ação múltipla para cuidar, por exemplo, de vários filhos ao mesmo tempo, proteger, preparar alimentos, alimentar (dentro de ambiente sob controle).

Mas... Quando mulheres vêm para o cenário do mundo externo, dos “homens” e começam a utilizar os mesmos instrumentais e mecanismos que faziam uso dentro de ambiente controlável da casa, ela passa a usar mecanismos inadequados para esse novo momento, ou seus mecanismos internos são obrigados a mobilizar um elevado nível de tensão que faz mais exigida do que o homem para realizar determinadas tarefas. Consequentemente se desgastará mais e estará mais suscetível a erros, aos excessos, ao esgotamento. A mulher quando funciona como homem perde poder pessoal. Sua conquista precisa ser realizada incorporando conquistas e mecanismos que já se mostraram significativos para o homem e não apenas transferindo para a nova realidade instrumental de velhos cenários.

Esse “poder” de fazer muitas coisas ao mesmo tempo não é qualidade é dispersão, e não faz as mulheres mais capazes do que homens, ao contrário, torna-as mais suscetíveis ao fracasso, ao esforço excessivo para tarefas insignificantes e ao desgaste precoce de seu instrumental mental.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CONECTADOS E DESCONECTADOS


The Madonna of Port Lligat - Salvador Dali - 1950
Lady Beaverbrook Collection - Canada

A história da humanidade é uma história de transgressão Cósmica, evolução, e tragédia universal. Para escapar dessa tragédia muitos buscam a conexão com o divino, que é a conexão que nos liga à nossa origem no passado e ao alvo onde nos desintegraremos neste oceano primordial.
Podemos nos dividir em dois tipos básicos:  Os que acreditam no DIVINO e buscam a conexão; Os que o negam e se permitem desconectados.

Os que o negam, negam a possibilidade de existência do universo gerado intencionalmente por uma força superior poderosa e inimaginavelmente grande. Porque não percebem que nossa escala se aproxima do micro e não do macrocosmo, e aí afirmam sua existência como resultado de um evento aleatório. Acreditam que mesmo que sejamos seres inteligentes não acreditam na inteligência da matéria. Sinal de que não se consideram constituídos de matéria, mas de alguma outra coisa inominável, ou ainda, apenas um fenômeno bizarro originado ao acaso. Como não me interessa entrar neste bate boca inútil, deixo de lado esta biótipo.

Para realizar a conexão só precisamos aprender como entrar no caminho. Ninguém precisa de mediadores para entrar em contato com o DIVINO. Todos já nascem plugados. As pessoas só não sabem que possuem esta ligação, ou se sabem, não dão valor a ela. Somos uma estrutura constituída especialmente para alimentar a consciência divina.
 O verbo se fez carne e habita em nós.
A Carne se faz verbo e alimenta o senhor.
Conectar é beber o vinho e comer o pão,
ritual simbólico  para tornar o corpo morada do Divino.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

MÃE DIVINA



Todas as mães são divinas.
A natureza feminina é divina.
A mulher já nasce conectada com o divino por fazer parte dele.
Não que o homem não tenha essa conexão, Todos os seres a possuem.
O homem precisa construir a via de conexão.
Mas o feminino já nasce conectado ao sagrado, é diferente.
A mulher pode fortalecer essa conexão ou enfraquecê-la.

Mas se isso se traduz em diferenças entre o masculino e o feminino,
Essa diferença, paradoxalmente, não favorece a mulher,
ao contrário, dificulta a jornada feminina,
já que ela ainda carrega uma profunda conexão com o profano.

E o profano produz na mulher uma fonte de poder e de prazer
que pode lançá-la no mais profundo abismo do inferno sensorial.

Ligada naturalmente ao sagrado e poderosa como fonte de prazeres
 e origem das sensações integradoras dos sentidos,
a mulher como numa balança,
oscila entre o sagrado e a natureza de fonte geratriz do profano.

De uma lado ligada ao universo de Luz.
De outro, ligado ao universo infernal das sombras.

A Mãe Divina aparece neste contexto, independente do nome que carrega,
como simbólico do eterno feminino, aquela que transcende a materialidade,
geratriz do divino, por obra do espírito santo, mãe de todos.

 VIRGEM MÃE
NOSSA SENHORA.

O feminino autêntico e puro é por excelência, uma
Energia Luminosa e Casta portadora de fôrça, coragem e bondade.
Bem Aventurada Virgem Maria, Pérola do Cósmos.
 Deméter.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

TRAVESSIA

Beata Beatrix -1870 - Dante G. Rosseti
detalhe - Tate Galery - Londres
 

Entre o ABSOLUTO SAGRADO e o PROFANO ABSOLUTO, estamos entre duas margens separadas por um rio de prazeres, ou por um abismo de paixões: de um lado êxtases, sensorialidade plena, Harmonia, integração, equilíbrio, vibrações suaves, levemente adocicadas (ocorrem transformações hepáticas e pancreáticas que adoçam o palato, ou transformam as enzimas digestivas na cavidade oral), entre outras; Do outro lado vibrações em profusão e instabilidade, prazeres realçados pela desintegração, instabilidade passional, apegos, aprisionamento sensorial, fragilidade emocional, instabilidade, montanha russa de sensações.

Naturalmente, já nascemos na dinâmica do profano, vivemos mergulhados no seu apelo que parece alimentar um único sentido de realidade e de vida, visível, risível, palpável. Como já estamos inseridos no plasma infernal do Sansara, o movimento pessoal é insignificante, apenas se foca o interesse ou propósito que se quer viver. Muito pouco é exigido para viver o “céu” no “inferno” das paixões.
Se já nascemos no inferno, vivê-lo e se movimentar dentro dele já é matéria sincronizada, já faz parte da realidade.

 O grande e definitivo desafio é superar essa realidade para descobrir outras dimensões sensoriais ou sensacionais da vida. 

O sagrado já nós exige realizar a Travessia, além de determinação e envolvimento. E para atravessar a ponte que separa o profano do continente sagrado, muitas são exigências que se fazem como pré requisitos na tarefa. Não basta apenas o querer. É necessário, definitivamente, resistência mental e emocional para suportar frustrações, desafios, confrontos. Superar batalhas perdidas, derrotas quando se pensa vitorioso, vícios, mazelas, hábitos, ilusões, fantasias, medos, inseguranças, fraquezas, apegos, confortos. Superar caprichos, vaidades e toda a sorte de sedução estética, antiética e amoral. É necessário fibra e paciência para realizar o trajeto rumo à libertação, onde, quando se chega, se é agraciado com as carícias cósmicas do amor divino.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

CRIATURA DO CRIADOR

    Ellen Rocche Rainha de bateria da Rosas de Ouro /photo Daigo Oliva

Não se iludam. Excepcional não é a pessoa, não somos nós. Excepcional é a Criatura.
A singularidade identifica o indivíduo e
a forma com que ele se relaciona com a realidade do mundo,
ou como ele se relaciona e realiza seus Desígnios.
E Isto pode até distingüi-lo no coletivo. Mas não é o bastante para fazê-lo superar a criação como criatura.
Por isso a Vaidade, antiga ou moderna, é insignificante, é apenas armadilha. É a ação de rodear o próprio umbigo, fora do eixo do mundo. O vaidoso se alimenta da idéia de posse da beleza, do poder, da força de uma realidade que na verdade não possui. Ele não é dono da criação nem da vida. O vaidoso cresce, se sente maior, melhor e mais do que o outro. Mas está em um estágio onde não tem consciência como criatura ou consciência do seu criador.

O Criador é aquele que merece o aplauso, a exaltação.
A nós como resultado, como produto, só resta louvar o ato da criação.

Imagine-se criando um objeto. E o objeto criado toma consciência de si mesmo e passa a se considerar mais importante que outros objetos ou do que voce, criador. Hilário, absurdo.

O objeto só tem sentido realizando a função para que foi criado, e não para se alimentar como criação de si mesmo, produto de si mesmo. Isto é armadilha.
É preciso resignação para não se crer maior do que o criador da criatura e aceitar a condição divina como objeto do divino.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

LUX


  Destaque Vila Maria São Paulo



A beleza da representação:

da flor de Luz nasce a exuberância,

A  Mulher.

Abstraia...
abandone os preconceitos e fantasias de paraiso, se houver,
 A imagem é a reprodução da criatura criada.
Obra da natureza divina.
A celebração apenas Orna a Criatura do Criador.
Podemos pensar:
É uma Flor,
não é o Super Homem,
não é um avião.
É  a mulher
que se faz eterna.
O que é eterno?
É o amor...
(lembrando Drumond)


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

DIVINUS SPIRITUS SANCTUN

Luiza Brunet - Imperatriz
Foto: Luciola Villela/G1

No desfile da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, ontem, o tema surpreendente "Brasil de todos os Deuses" mergulhou na  história de formação do nosso povo, o que somos, resultado  da mistura de raças, culturas e religiões. Um laboratório racial, europeus, africanos, povos de origem, brancos, negros, amarelos.
O carnavalesco como que tocado pela magia da religiosidade do povo, rompe o veu, o abismo, entre o Profano e o Sagrado e põe em prática o que, aqui, antecipei dias atrás: O Carnaval é a festa  profana que torna sagrado nossa celebração da vida, principalmente porque a presença feminina sacraliza a celebração, o ritual do amor, da alegria e do encontro.
Foi surpreendente ouvir um samba em forma de oração. Não uma Ave Maria em ritmo de samba, mas um samba em ritmo de louvação, agradecimento, religiosidade. Ali naquele momento louvou-se em alegria, não com a consternação dos pecadores, mas com a grandeza dos humildes que se resignam ao poder divino. Foi pura magia. O profano foi Benzido.
Luiza Brunet foi imantada com a roupagem de "Divino Espírito Santo". Esse espírito santo que completa o Pai e o filho e que mais que uma pomba é Simbolo da Mulher. Mulher que recebe a luz do pai e gera o filho, formando a Triade do poder Divino e Sagrado.

Luiza mereceu pela sua tragetória incorporar como Deusa terrena o "Spiritus Sanctus", como a menina que sobe as escadas, em maio, para coroar a Divina Mãe Celeste e como adulta incorpora o símbolo do ser de Luz que inunda o mundo com seu poder.
E atrás... o olhar, azul, de uma estranha figura observa...


photo Alziro Xavier / G1

domingo, 14 de fevereiro de 2010

ETERNA BELEZA

IrisStefanelli - Escola de samba Leandro de Itaquera
 photo Raul Zito

IRIS é outra dessas mulheres de linhagem guerreira, que sairam do anonimato e conquistaram o palco das estrelas. A Bela é representante dessa nova geração que povoa e conquista o  mundo com  inteligencia. Superando dificuldades e desafios, fortaleceu a saúde,  concentrou determinação, afirmou propósito e conquista espaços na sociedade global.
Como representante do feminino supera os machos encantados e arranca seu espaço com o trabalho.
Enquanto muitos ficam atônitos com essas mulheres, eu fico admirado de ver o avanço que as conquistas femininas produziram na transformação deste planeta. Elas superaramm a rebeldia feminina dos anos 70 e a rejeição da imagem de mulher "OBJETO",  incorporam o poder da escolha, e refletem na modernidade a imagen de Marilin Monroe sem precisar incorporar  a subimissão e aceitar o domínio machista.
Ver essas mulheres com o poder de administrar suas vidas e seus corpos é uma conquista sem precedentes na sociedade ocidental. A Mulher pede passagem, ocupa o seu espaço e conquista o mundo.

Mesmo que pensem que se fazem objetos sexuais elas incorporam ao mundo, á realidade do nosso tempo, o tempero de nossa civilização, a pitada de um feminino forte e guerreiro que veio para suavisar a aspereza e o lado refratário do mundo YANG. Unamo-nos ao melhor do nosso oposto, parecem dizer.

Nosso mundo com certeza se fará muito melhor!


Tá bom, o planeta pode estar acabando, mas nós tambem precisamos nos alimentar de beleza.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

SEM VÉU

 
A beleza da celebração profana é que ela se faz sagrada
quando se transforma em palco do Aeternus Femininus.
Juliana Paes é outra representante da beleza da mulher brasileira,
Diva moderna, agraciada, não apenas pelos desejos secretos dos homens,
mas principalmente como modelo de milhares de mulheres
que têm nela uma referência de beleza, competência e fama.
Nesta imagem, de carnaval já vivido,
uma lembrança de sua jovialidade e exuberância.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

VÉU

Mulher de NIQAB
Saiu na BBC: "Um diplomata dos Emirados Árabes Unidos afirmou ter pedido a anulação imediata do seu casamento após ter descoberto que a noiva – que veste o tradicional véu islâmico niqab, que deixa aparecer apenas os olhos – é estrábica e tem excesso de pelos faciais, de acordo com o site de notícias Gulfnews.com."

No passado as máscaras já serviram para esconder  todo tipo de coisas: Deformações;  Alterações faciais causadas por Doenças Sexualmente Transmissíveis; Deformações causadas por doenças ou anomalias.
Véus como máscaras escondem o Belo tanto quanto escondem o inesperado. É a armadilha da máscara.
No caso noticiado pela BBC, dois problemas facilmente corrigíveis. Os pelos se causados por hormônios podem  ser corrigidos por química ou por radiação e a visão corrigida pela cirurgia. Mas se os vinculos não existem o outro não representa a saciação da fantasia e sim sua frustração. Neste aspecto a máscara alheia atende à espectativa desde que ela alimente a satisfação dos desejos de minhas máscaras. As relações envolvem um compromisso que ultrapassa a dimensão real do ser e alimentam a fantasia do desejo. Como desvendar o veu para encontrar a essencia feminina se ela ja foi destruida na intenção de nascer?

Não se pode ser simplista para acreditar que o veu esconde o belo para que seja apreciado apenas pelo esposo. O véu representa, não apenas simbolicamente, esconder os mistérios da deusa como se quer imaginar, mas anular a construção deste mistério.

O interessante é que a sociedade moderna ainda convive de forma intença com as máscaras do idealizado ainda que venha se desfazendo dos véus que mascaram as intenções do desejo. Diferentemente de sociedades orientais, o ocidente avançou profundamente na construção de relações mais pautadas em escolhas que afastam os riscos imediatos do fracasso da fantasia mesmo que a sustente. E essa é possivelmente uma ação masculina.
Já as mulheres ocidentais, por um lado, se fortalecem em suas possibilidades de escolhas e na construção de individualidades que forjam um "SER" mais consistente, mais liberto; ainda que por outro lado avancem construindo fantasias que alimentem o "mistério" feminino, o  que aumentam suas possibilidades de dominio e de conquista do macho. Ludicamente ou patologicamente aumentam os atrativos sexuais, os comportamentos agressivos, pró-ativos, associados com momentos em que se projetam em papéis de divas, ninfomaniacas, estrelas e mitos, corpos sedutores e perfeitos, seios e bundas exuberantes e mergulham na fantasia da  transformação e metamorfose em deusas do amor e do poder.
Se equivocam os que acreditam que a mulher ocidental se banaliza e se vulgariza. As ocidentais não perderam a possibilidade de construir mistérios, ao contrário, aumentaram significativamente essas possibilidades, mesmo que na sociedade do trabalho se façam e se mostrem mais ativas e másculas, na sexualidade, ou nas relações com os homens compensam se mostrando mais femininas sem culpa ou sem a repressão e o medo de se parecem vulgares e prostitutas.

No ocidente o véu da noiva é claro e transparente e esconde a ninfa que poderá se transformar no objeto sagrado da fonte do amor, a mulher amorosa, ou no mostro profano da madrasta, a mulher barbuda, mulher macho. No oriente o passado já condena a condição feminina à submissão e elas têm menos chance de  se aproximar da metamorfose de mulher em Deusa. A realidade já é por demais castradora, ja destroi na origem a construção da individualidade, da pessoalidade.

Enquanto houver desigualdade entre os seres,
as ações humanas serão destruidoras e retrógradas.
Cultura, Sexo, ou Religião não podem ser fonte para justificar desigualdades.
O homem que bate é o mesmo que impôe o véu do domínio.
Como podemos evoluir  retrocedendo? 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

CARNAL-VAL SAGRADO E PROFANO

  Luciana Gimenez - Vai Vai

A celebração do profano se aproxima com os festejos do carnaval, ainda que verdadeiramente viva-se esse profano cada vez mais o ano inteiro. Se antes a necessidade do profano se compensava com a severidade da vivência ritualística do "sagrado", a modernidade fez opção clara pelo profano que sacia a fantasia do desejo irrealizado, enquanto o sagrado sobrevive como a conexão que nos leva de volta ao eixo do sentido do mundo.

Essa modernidade fantástica de nosso tempo, ainda de transição, abriu as portas para que rompessemos o véu da hipocrisia e do cinísmo. Mesmo que com essa abertura de portal ainda não tenhamos superado esse estado cínico ou hipócrita ou que precisemos de tempo para tão árdua tarefa, o futuro inevitavelmente se mostra mais transparente. Muitos podem acreditar que a incivilidade é que avança, já que a civilidade permite ao humano conviver em grupo com a sujeira alheia, ou com as sobras do desejos da matéria herdados dessa natureza pulsilâmine e compulsiva, de uma forma educada e respeitosa.
Eu continuo acreditando que a experimentação  coletiva, invariavelmente nos levará a uma civilidade mais respeitosa mesmo que indícios indiquem a depravação e a perversão. Sejamos mais leves, convivamos com mais suavidade com as diferenças.

É assim que vejo o carnaval brasileiro, uma festa profana profundamente sagrada, uma ode à vida, lírica e arrebatadora. Enquanto as massas se esbaldam no carnaval vivendo os prazeres da luxúria, ou apenas o prazer de dançar coletivamente, as forças internas e arquetípicas fazem seu trabalho silencioso de transformação da humanidade.
Celebremos!

OBS.: Na imagem do post, Luciana Gimenez, alma feminina, desfilou e brilhou com um macacão bordado com 80.000 cristais Swaroviski, literalmente cristalizada como Deuza ela brilhou como deve ser o destino de todos os seres vivos, o esplendor da criação. 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

FILHA DO AMOR DIVINO

 

"Olá minha querida,

Queridíssima, armadíssima, belíssima, gustusura do pai... perdoe-me, essa última declaração, me fez subir um arrepio , que encheu minha boca de água e de riso. Sensação de “hilário”, lembra-se? Quando um riso alegre inunda o espírito e provoca uma sensação agradável de alegria. Nada mais natural quando se sente uma alegria espontânea de afetiva amorosidade por quem amamos.

Dani, sabemos que este é um pais selvagem na competitividade, por isso oportunidades como que são cavadas e resultantes de esforço pessoal, mas não se esqueça: Deus é pai, não padrasto, e mesmo que a vida seja implacável com nossos erros, ela não deixa de ser generosa. Mas para isso é preciso paciência, saber ler o sinais e entender que: O Barco nós Remamos, mas o Destino é que nos Leva.

Vai passar por Floripa? Cidade interessante. Cuidado com a “águas Vivas” e por que não, com as “águas mortas”. Mergulhar é uma experiência excepcional... você inserida num mundo excepcional cheio de vida. Mas atenção com o encantamento, não se perca no encantamento, nem se esqueça das referências de realidade. O mergulho no mar é simbolicamente o mergulho nas águas primordiais onde todos nos originamos, é uma volta a essas águas, manter a conexão com as origens. Boa viagem!

As coisas estão... período de metamorfose, quietude... Aline chamou de fase de renascimento, metamorfose, reinício, “a noite escura da alma”.

Estou relendo São João da Cruz – Tratados Orgânicos, constituído de: Subida do Monte Carmelo; Noite Escura; Cântico Espiritual; Chama Viva de Amor. Onde ele escreveu sobre esta fase de transição no chamado de Deus... "A noite escura pela qual passa a alma, antes de chegar à divina luz da perfeita união do amor a Deus”. Eu pra todos os efeitos estou seguindo... é como viver a fase do desapego à matéria, desapego à tudo. As coisas passam a ter uma importância relativa. Na verdade, é como se nada tivesse importância alguma. Você sabe, aqui onde estou, vivendo entre dois mundos, um lado voltado para a vida urbana, o mundo dos homens e o outro voltado para a natureza. Quando à noite subo ao mirante, de um lado vejo aquele mundo dos homens, mundo encantado de luzes, que esconde o perigo de suas sombras, dos faróis que brilham como olhos de bicho na noite escura. E do outro lado, a noite escura, que eu chamo o mundo de Deus, a noite como ela é. Se tem lua o sertão fica alumiado, se não tem, o sertão fica no mistérios da noite e sob as estrelas do universo. Se a metamorfose se concretizar estarei realizando o sonho de toda uma vida... me tornar uma pessoa melhor, plena. Estarei cumprindo o meu destino enquanto Ser, Espírito, Alma, isso já me basta. Este é o maior luxo que eu poderia desejar, os outros são ínfimos.

Afetuoso abraço minha filha. Que a divina graça te envolva e te proteja onde estiver.

BYE"

Hoje amanheci e respondi a um email de  Dany, que agora partilho com aqueles que vêm a esta página. É também uma homenagem a ela, minha filha, graça recebida, delicadeza em forma de mulher,

AETERNUS FEMININUS.

Vou contar uma estória: Na manhã seguinte ao seu nascimento, fui ao berçário para tentar vê-la. Ao chegar, por trás de um grande vidro ví aproximadamente uns 200 berços enfileirados, eram aproximadamente quatro filas de 50 berços. O primeiro impacto me fez pensar que eu não saberia distinguir qual era Dany, mas em poucos secundo(5) eu já a havia distinguido, estava bem no meio da fila. Estavamos lá, do lado de cá do vidro apenas eu, e do lado de lá ela e aquele mundo de recém nascidos. De repente um enfermeiro estabanado entrou no berçario e esbarrou com violência no berço próximo à entrada. Eu fiquei tenso, o primeiro berço bateu no segundo e assim sucessivamente, eu sentia que pela força do impacto iria atingir o berço dela, mas estranhamente atingiu até o berço anterior. Foi como se eu tivesse paralizado o movimento daqueles berços com minha força de pai. O enfermeiro estava paralizado, e eu tinha conhecido o sentimento mais profundo que uma homem pode sentir por outra pessoa: O amor de Pai.
Em silêncio sai daquele lugar. Eu sabia que já não era o mesmo, nunca mais seria o mesmo.
e em silêncio... eu chorei... emocionado.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

BELEZA PLÁSTICA



Vanitas, Bernaro Strozzi,1630,
Museu Púchkin - Moscou

O Tempo é implacável, independente de nós, nos transforma e a transformação é oxidação que enferrugem a carne como o ferro. Não há escape. Em nosso tempo o escape são as transformações pláticas que os cirurgiões promovem, mas em geral  se mostram infelizes pois dão a ilusão de corregir quando na verdade deformam, com raras exceções.
Neste aspecto a armadilha de corrigir o belo consegue agir de forma mais devastadora do que a oxidação do tempo.
O tempo que transforma permite a lapidação interna, a lapidação do espírito, o que faz o feio belo, o frágil forte, sem perder a relação com a origem, pelo menos antes que sejamos todos devorados pelo fogo dos crematórios ou pelos vermes que habitam a terra. 
Vanitas tem sentido já que mostra essa tragédio vivida por todos: A consciência do belo e a implacável ação do tempo sobre nós. para evitar os conflitos narcísicos e o sofrimento do espírito só aceitando a transformação para se libertar do fracasso nascísico nesta batalha perdida, e poder, pelo menos, viver em paz de espírito.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

PASSION 2




É para refletir: A força dessa pulsão passional é masculina ou feminina?
Yin ou Yang?
No post anterior levantei a questão que pode parecer insignificante. Eu penso que não o é. Em principio a pulsão domina machos e fêmeas numa mesma e intensa dinâmica, o que pode levar à conclusão que a pulsão é de uma natureza que transpassa a diferença sexual, mesmo porque ela ultrapassa a dimensão do sexo ainda que associada à libido possa significar uma projeção na relação objetal, fenomenologicamente, em relação ao mundo.
Mas aqui cabe uma outra pergunta:
A energia pode ser distinguida em feminina ou masculina?
Poderiamos pensar em uma energia masculina ou em uma energia feminina?
os precipitados e exaltados vão pular da poltrona: Claro que NÃO!
mas..
A energia é uma coisa única ou pode ser diferenciada?
"Em 20 de novembro de 2008, uma equipe internacional de fisicos do Centro de Física Teórica de Marselha, com o auxílio do supercomputador Blue Gene, confirmou pela primeira vez na prática, que a massa do próton provém da energia liberada por quarks e glúons, provando que a massa provém da energia, conforme teorizado por Einstein há mais de cem anos:"¹
E=mc²
Mas, deixemos ao lado o conceito físico de enegia para pensar o conceito PSY...
Naturalmente, não sei se seria simplismo, se há equivalência entre massa e energia a energia pode ser diferenciada.
Podemos ter energia em forma de luz e energia em forma de massa. se a energia tem forma ela se diferencia.
Pode ser manifestação densa quando concentrada ou em repouso ou leve se em movimento.

E pode ser que como pulsão diferencie-se tão pouco no masculino e no feminino que nem teriamos parâmetros para avaliá-la.
Se a energia é ativa é YANG, solar, quente, dinâmica em movimento, dia.
 Se a energia é passiva é YIN, lunar,  estável, refletiva, noite.
Neste caso a gênese coloca o homem em direção à mulher para realizar o propósito. A mulher como receptáculo, produz a transformação, escolhe se aceita ou não.
 A ação masculina é direcionada para o movimento e a feminina para a recepção do que estimula.
A paixão do homem é determinada pela capacidade de mobilização que a fêmea realiza, pelo fogo que alimenta, induz e produz. Paradoxalmente a força da pulsão é mobilizada pelo "INTENTO" do outro.
A pulsão Yang é acordada pelo poder de mobilização feminino.
Ou seja... é preciso ir ao inferno para se libertar.
Já que a energia mobilizada pela fêmea permitirá ao homem
encontrar uma fonte de energia dentro de si que flua de maneirra hamoniosa.
O contrário é ter de conviver com uma energia imobilizada e densa
que só se manifestará de forma caótica e produzindo desequilíbrios. 

1-Wikipédia

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

EQQUS


Paraiso - Rede Globo televisão

A imagem acima retrata a mocinha, símbolo da feminilidade dominada e controlada por uma Mãe Madrasta, que monta seu cavalo e cavalga para encontrar e interceptar o amor de sua vida, antes que ele avance em sua fuga e desapareça neste mundão sem fim.
A metáfora ja sinaliza ela montada no maior simbolo de força Yang.
Domina o cavalo e indica-lhe o caminho através da rédea curta.
Com o poder de domínio da energia yang, a mensagem pode parecer dubia:

  • Ela se entrega à força da paixão, à força do desejo, ao encantamento do encontro, ao encontro do "amor", à união com a força contrária, à pulsão da paixão incontrolável;

  • Ela domina e controla o poder masculino representado pelo cavalo.
É para refletir: A força dessa pulsão passional é masculina ou feminina?
 Yin ou Yang?

Para se entregar à paixão como um Kamikaze que tem fé no  amor e na salvação,
 é preciso acreditar no próprio poder pessoal de libertação.
Senão, é ser suicida sem fé.
Já quem não se entrega, com certeza tem dúvidas, desconfianças e,
 prefere exercitar o poder de controle da pulsão,
manter o controle sem correr riscos de se perder.
Mas e daí?
entregar ou não se entregar?
Este controle não está sob o nosso poder.
Existe uma força interior que define o acontecimento, o "Fenômeno".
que leva o sujeito de encontro ao seu desafio:
Decifrar o enigma. Sair de si...
para se reencontrar diferenciado.
Naturalmente, muitos são os que se perdem nesta estrada,  passional e
 de perigos, que a vida nos exige transpor.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

COMPULSÃO



Não há como pensar paixão sem coopensar compulsão. Para a psicologia
sf (lat compulsione) 1 Ato ou efeito de compelir. 2 Força a que compele a repetir um ato não deliberado, ou mesmo contrário à vontade da pessoa.
A Paixão é um movimento de energia dinâmica (não é densa ou estática) voltada para ser projetada no exterior com a intenção de se realizar e se completar no objeto a que se destina.
Ela é lançada pela força de núcleos compulsivos depois de ser mobilizada por conteúdos psiquicos primordiais, institntivos, acionados por mecanismos de natureza associativa e coletiva.
A intenção não envolve a pessoalidade ainda que
seja determinante na sua dinâmica de maturação.
Independe do sujeito e o desafia a reencontrar um novo eixo de equilibrio.
É como um realinhamento energético que favoreçe a maturação
 e a integração do masculino com o feminino.

Os núcleos compulsivos são mobilizados já que são núcleos de controle e poder da psiquê que independem do sujeito. Não há como fugir através da criação ou formação de defesas ou de blindagens.
O sujeito é lançado sem o poder de sua vontade à arena dos leões.
Sobrevivem os guerreiros. Os outros se dilaceram

A vida moderna oferece grandes possibilidades de mobilização desses núcleos compulsivos.
Estamos rodeados de riscos.
Provavelmente o maior deles, espalhado pelo mundo, seja a alimentação, seguida
da competição que leva o ser humano a desestabilizar sua relação com o mundo,
 através do aumento dos níveis de ansiedade.
Vive-se, no dia a dia, como que em permanente Reação de Alarme.
Adrenalina intoxicando, coração acelerado, corpo intoxicado, orgãos em disfunção.
O tempo do corpo alterado para mais.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

PASSION

 
Anteontem conversas matinais no café da manhã, nos levaram a rever, para relembrar detalhes, o filme Atração Fatal. O filme retrata a pulsão explosiva que envolve a mobilização da Paixão em nós. Para mim um dos grandes desafios do ser humano, na sua jornada, em busca de aprimoramento. Fico pensando que é possível, até certo ponto, evitar este desafio, escapar, fugir deste encontro confronto, o que pode implicar também na paralização do processo de desenvolvimento. Evita-se mas não se avança. É um confronto inevitável em qualquer processo de maturação humana. Somos com que aprisionados numa teia que nos priva da individualidade, da integridade e da lucidez. PAVOROSO! DOIDERA!

 sf (lat passione) 1 Sentimento forte, como o amor, o ódio etc. 2 Movimento impetuoso da alma para o bem ou para o mal. 3 Mais comumente paixão designa amor, atração de um sexo pelo outro. 4 Gosto muito vivo, acentuada predileção por alguma coisa. 5 A coisa, o objeto dessa predileção. 6 Parcialidade, prevenção pró ou contra alguma coisa. 7 Desgosto, mágoa, sofrimento prolongado. 8 Os tormentos padecidos por Cristo ou pelos mártires.

No caso do filme Atração Fatal  "Dan Gallagher lleva una vida perfecta: una esposa maravillosa, un hijo, un buen trabajo. En una fiesta conoce a Alex, una atractiva mujer que le seduce. Para Dan es sólo una aventura ocasional, pero cuando comunica a Alex que lo de ellos se tiene que acabar, ella se niega a ser rechazada y comienza a acosar a Dan, mostrando una obsesión hacia él enfermiza y peligrosa...",  a despersonalização chega ao nível da destruição e da tragédia urbana moderna.

Um dos componentes dessa força de encantamento e de indiferenciação é a energia sexual. É possivel que a energia sexual feminina arda e queime. Quando, na sexualidade,  compara-se a mulher com o fogão de lenha considera-se  o homem como um fogão a gás. o homem mantem aquele calor médio, esquenta rápidamente e, não passa daquilo. E a mulher vai se esquentando aos poucos como um fogão de lenha, até se transformar num vulcão. Não é atoa que muitos são os homens que temem as mulheres poderosas e passionais. Elas assumem um ar de poder e força que subjuga machos e os aniquila. Quando a mulher esquece que esse poder tem limites elas cai no turbilhão de sua loucura, perde as referências de sobrevivência, tanto quanto o homem.
Para a mulher tudo é muito intenso, muito vivido, até a tragédia da união. Sempre pensei que a incompletude do homem pudesse salientar seu lado simbiótico, essa busca da integração com o feminino, e que neste caso as mulheres estariam mais protegidas na sua completude. Mas a tragédia feminina ultrapassa a expectativa de união com o masculino, porque ela busca,  a conexão com o divino, o que supera a conexão com o masculino fixado apenas para reprodução, mas se mostra um desafio muito mais significativo. Enquanto o homem pensava que fazia a mulher foco e objeto sexual deixava de perceber que ele é que é apenas objeto.