terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

ZOO HUMANO II


A FEMINA E O SEU PERFUME

Naturalmente, se o odor feminino aciona e mobiliza a fragilidade masculina, mobilizadas através dos odores e manifestada, paradoxalmente, em forma de virilidade fálica e oral, as mulheres não ficam isentas de consequência da ação masculina já que o homem poderá despertar na mulher sua voracidade sexual e portanto colocá-la suscetível à compulsão do prazer e à condição de escrava do prazer acionada pelo macho como objeto sexual e de desejo.

Neste caso ambos se aprisionam na dependência sexual. Um viciado no outro. Quando ambos aprendem a lidar com essa mútua dependência - fonte e acionadora de prazer pelo outro- a relação pode avançar para níveis simbólicos mais profundos e a consequente libertação pessoal e dos desejos.

Mas, se um elemento não aceita a condição de poder do prazer gerado pelo outro, a tendência será uma tentativa de negação que retirará da relação o poder do encontro, na tentativa de manutenção do domínio sobre ele (o outro), promovendo, consequentemente, relações tempestuosas e competivas.

O casal perderá a chance de crescer em parceria. desenvolvendo  transferências negativas e dessa forma caminharão para o distanciamento, perdendo a chance do crescimento e da libertação.

Na  reflexão acima quero dizer que o sexo é naturalmente um buraco de fundo fundo, aprisionador, que nos mobilizará a partir de instintos básicos e primitivos, e o outro nesta brincadeira perigosa pode representar a possibilidade de libertação destas pulsões intensas e definitivas para níveis mais administraveis dos desejos. A possibilidade de escarparmos menos lesados pelos aspectos afetivos, emocionais e passionais de nossa natureza carnal.
E não me venha dizer que basta a renúncia, já que a força desse vulcão quando aprisionada em formas culturais radicais sempre se manifesta de forma pervertida. 




segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ZOO HUMANO


CHEIRANDO CALCINHA
Essa é antológica e merece comentário. O acontecimento é do BBB12. Sete dias após a eliminação de Laisa, Yuri seu affair no confinamento se delícia, ansioso e angustiado, saciando a saudade, ou vício, cheirando na calcinha "esquecida" que a amada deixou na casa o que se supõe ser odores vaginais nela contidos .

O acontecimento se dá, vejam bem, no quarto fantasiado de Selva, o que supostamente induz o sujeito a um estágio de consciência pré-histórico, que propicia, neste zoo humano, a vivência aflorada de nossa natureza animal.

Os homens sabem muito bem o que é isso: Os Feromonios vaginais. Feromônios são sinalizadores químicos de atuação entre indivíduos da mesma espécie. Eles podem atuar estimulando estados compulsivos que definem atrativos e principalmente estados profundos de vínculos associados a imagens idealizadas e estimulantes quimicos que propiciam apego e vício pelo outro.

Estes estados  diferenciam os romances platônicos, dos amantes passionais e das paixões fatais. Aa iferença entre vinculos juvenis e adultos.

Um relato:

“...Se eu tivesse tirado aquela infeliz experiência como modelo, nunca mais teria posto a boca em uma vagina. Cara, como fedia aquele troço, parecia que a menina tinha um bicho podre no meio das pernas. Bem, mas felizmente para mim, tentei novamente em outra ocasião, até porque eu não imaginava que houvesse algo de errado com aquilo que ocorreu da primeira vez. E nessa outra oportunidade, e nas demais que se seguiram, a coisa foi completamente diferente, aquele cheiro (ou seria fedor?) desapareceu, e restou um aroma muito suave, quase um perfume, inebriante, e eu desde então não consegui ficar com nenhuma mulher sem ter o desejo de cheira-la, fiquei completamente dependente desse tipo de carícia.”

A PERCEPÇÃO OLFATIVA

A consciência olfativa nos remete às primeiras sensações respiratorias. Na primeira respiração, ainda vinculado ao cordão, as primeiras golfadas de ar vêm acompanhadas dos odores vaginais maternos que ficam registrados na memoria da pele e do olfato.

Naturalmente, cesarianos vivem outras experiências, que é bom lembrar não deixam de ser orgânicas.

Portanto, na Selva, esse jovem apaixonado pelo cheiro vaginal da companheira eliminada, não manifesta nada anormal. Apenas uma tendência masculina e compulsiva de se inebriar nos aromas íntimos femininos e consequentemente estimular a compulsão sexual e o vicio em sua parceira. Neste último caso o Bouquet aprisiona o macho no delírio de sua natureza.

O Jovem Yuri só está começando a sua viagem de aprisionamento e quiça de libertação.
Infelizmente, apenas o conhecimento e a consciência nos separa dos trogloditas e da mediocridade, já que a natureza continua primitiva e animal... Ansiando por evolução...ainda que repetindo as experiências eternas do prazer de viver.

Se o apego ao prazer aprisiona e castiga,
a renúncia  liberta
e de sobra nos amadurece
pois consolida a libertação.



domingo, 19 de fevereiro de 2012

A JUIZA E A POMBA GIRA



A Juiza sagrada e a Pomba Gira do Pecado



Uma imagem já se disse vale mais do que mil palavras, mas para desencargo reflitamos um pouco.

Diariamente convivemos com o Sagrado e o Profano, a Paixão e o Juízo, Desejos e Renúncias, que polarizados nos empuram para uma ponta ou para o seu oposto, Seja para incitar, como detonador da atitude, agente ativo ou como passivo, que submete o sujeito ao comando do poder do desejo, do pecado, da Razão, Renúncia ou Libertação.

A pomba gira nos ronda e no empurra para o profano de forma tão sagrada quanto quando o sagrado nos empurra para o profano para que possamos nos libertar do opositor. A luta entre os opostos que residem em nós.

A jovem que incorpora a pomba gira não é apenas o símbolo do pecado, mas dos desejos que nos envolve com seu canto encantado de prazer e saciedade.

A juíza não é mais apenas a mulher que traz a fonte do renascimento e da maternidade, mas a mão pesada que condena o erro e a inconsequência criminosa.

Enquanto uma nos empurra para o confronto com o desejo ou para a submissão ao profano, nos permitindo a chance da libertação ou a condenação ao aprisionamento nas compulsões, a outra liberta condenando o erro, o equivoco, a insanidade, pois empurra o sujeito para o aprisionamento e condenação impedindo o erro e a insociabilidade.

 Eis, o carnaval entre o Profano e o Sagrado, e a luta entre os opostos para a libertação na União. Quando conseguimos detectar estas pulsões internas e passamos a administra-las para integrá-las, nos afastamos da instabilidade pusilânime dos desejos, que nos livra de sucunbir no inferno das paixões. 

Não há caminho senão através do confronto entre a consciência e a inconsciência dos desejos.O inconsciente anseia pela libertação que a consciencia pode representar.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

HEROINAS E HEROIS




Pintura de Delacroix utilizada no Post


A história humana é épica, portanto não pode prescindir de heróis e heroínas. As diferentes naturezas de homens e mulher nos une no sentido arquetípico do Mito do Herói. Ainda que impulsos internos que mobilizem a ação heroica de machos e fêmeas possam se diferenciar na mobilização da vontade a origem está ligada ao senso épico de nossa essência.

No post anterior fiz referências a mulher cubana (Yoani Sanches) que denuncia o arbítrio na sociedade castrista. Fidel Castro Incorporou o mito do herói que salva seu povo do comando arbitrário, mas contaminado pelo canto encantador do poder, sucumbiu e ao invés de libertar seu povo o aprisiona na fantasia da proteção sustentada na ideologia da luta de classes, na luta do Bem contra o Mal, do oprimido contra o opressor.

Sem perceber que se tornou opressor, eliminadas, ou abatidas, as vozes “dissonantes” masculinas, a força do coletivo retorna na presença da mãe libertadora: A mulher. Quando os homens fracassam ou se equivocam, resta à natureza a mobilização da força da heroína:

A mãe que cuida do filho abandonado pelo pai;

A mulher que cuida do homem enfermo;

A mãe santificada como Virgem Maria” para salvar os AFLITOS sofridos;

A Joana D’Arc que empunha a bandeira da libertação que guia o povo.

Neste momento, quando vemos mulheres eleitas como Governantas de Milhões de humanos, já podemos pensar que o papel feminino cresce em importância coletiva, como melhor alternativa superando os homens que perdidos no encantamento do poder abandonam seus princípios e papel épico de herói em função de prazeres pessoais.

JÁ PODEMOS PRENUNCIAR
(lat praenuntiare)

Os homens, estão se mostrando fracos, vacilantes e inconsistentes.  Esses... Fracos, cansados e abatidos seres sem referências, ainda que inflacionados de Poder, cedem espaços para mulheres que suprem a necessidade básica e humana de referências éticas e de princípios na condução de nossa civilização.

AVANTE MULHERES, A ESPERANÇA RENASCE.
OS HOMENS,

ENFRAQUECIDOS, SUCUMBEM...

COMO VERMES INCONSCIENTES.

Pobres homens!

Obs.: O oposto das heroínas,  são as heroinas descompensadas. post que se segue.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CUBA - A ILHA OPRESSORA, O AI5 E A REFEM



Yoani Sánchez
Minha geração cresceu sob o jugo da Ditadura Militar. E a nossa política foi contra o AI5(Ato Institucional nº5). Um Ato institucional, antes de tudo Anti-Institucional, que enterrava os direitos civis em nome da ideologia Militar da Pátria defendida contra a Esquerda Comunista ameaçadora. Nosso alento foram as lutas estudantís contra a opressão e a favor dos direitos políticos e humanos inalienáveis, o direito à Liberdade de escolha e à livre manifestação, direito ao voto e à escolha dos governantes, ao ir e vir, à impressa livre, etc.Depois de anos de manisfestações, greves e lutas, reconquistamos nossos direitos políticos e escapamos do stalinismo da Direita.

Em nome de proteger as pessoas, e o "Estado"  que  comandam, governantes espalhados pelo mundo ainda se acreditam no direito de privar o ser humano em seu direito básico de ir e vir, de protestar contra a opressão e de denunciar a escravidão ideológica.

Nossa origem é cigana. Assim, nascidos na Africa-Mãe nos espalhamos e conquistamos continentes e ilhas e... chegamos ao Século XXI pra infelismente assitir um governo que se esconde atrás da luta contra o Imperialismo Americano para continuar oprimindo aqueles que, dissidentes Lutam pelos direitos básicos de princípios democráticos, de igualdade e liberdade.

A " ilha" de Fernando de Morais e de outros sonhadores, mostra-se ainda opressora e reafirma sua postura Stalinista, mostra que nunca deixou de ser imperialista subjugando seu povo, obrigando-o a viver sob o jugo dos que se acreditam donos da verdade e do destino dos outros.

O Mundo, não tenho dúvidas, precisa repensar seus sistemas, mas antes de tudo precisamos acabar com essas formas retrogradas de opresão ao seu humano. Os direitos básicos à Liberdade, expressão e ir e vir precisam ser respeitados. O Machismo e o fascismo ideológico e religioso precisam ser eliminados.

A Presidenta Dilma acertou na questão iraniana mas peca ao se omitir na questão cubana. E os esquerdistas brasileiros mostram-se tancanhos e amedrontados. Sabem lutar contra as perversões autoritárias da direita mas borram as calças quando se vêm de frente às contradições esquerdistas.

TOLOS!

Perdem a oportunidade de repensarem seus destinos pessoais, conceituais e ideológicos, suas certezas e "verdades".  Perdem o bonde da história.
VIVA... CUBA LIBRE!



OBs.: Considerando uma entrevista que circula na internet e que tenta desacreditar e desqualificar essa mulher, só posso me referendar ao seu direito de circular neste mundo sem que fronteiras ideológicas a impeçam. Ontem o governo cubano negou-lhe o direito de sair do País. Governos que oprimem acreditam que são unanimidades e por isso se encalacram em armadilhas fascistóides e escravagistas. Cuba sempre representou a esperança de um mundo melhor entre os homens, mas o cerceamento ao direito de um cidadão escolher seu destino mostra que a idealização cubana se perdeu na ditadura castrista. Ficou na Ilusão da luta contra o imperialismo. Que os Deuses tenham compaixão por Fidel, a compaixão que ele deixou de ter pelos seus compatriotas.