sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CUBA - A ILHA OPRESSORA, O AI5 E A REFEM



Yoani Sánchez
Minha geração cresceu sob o jugo da Ditadura Militar. E a nossa política foi contra o AI5(Ato Institucional nº5). Um Ato institucional, antes de tudo Anti-Institucional, que enterrava os direitos civis em nome da ideologia Militar da Pátria defendida contra a Esquerda Comunista ameaçadora. Nosso alento foram as lutas estudantís contra a opressão e a favor dos direitos políticos e humanos inalienáveis, o direito à Liberdade de escolha e à livre manifestação, direito ao voto e à escolha dos governantes, ao ir e vir, à impressa livre, etc.Depois de anos de manisfestações, greves e lutas, reconquistamos nossos direitos políticos e escapamos do stalinismo da Direita.

Em nome de proteger as pessoas, e o "Estado"  que  comandam, governantes espalhados pelo mundo ainda se acreditam no direito de privar o ser humano em seu direito básico de ir e vir, de protestar contra a opressão e de denunciar a escravidão ideológica.

Nossa origem é cigana. Assim, nascidos na Africa-Mãe nos espalhamos e conquistamos continentes e ilhas e... chegamos ao Século XXI pra infelismente assitir um governo que se esconde atrás da luta contra o Imperialismo Americano para continuar oprimindo aqueles que, dissidentes Lutam pelos direitos básicos de princípios democráticos, de igualdade e liberdade.

A " ilha" de Fernando de Morais e de outros sonhadores, mostra-se ainda opressora e reafirma sua postura Stalinista, mostra que nunca deixou de ser imperialista subjugando seu povo, obrigando-o a viver sob o jugo dos que se acreditam donos da verdade e do destino dos outros.

O Mundo, não tenho dúvidas, precisa repensar seus sistemas, mas antes de tudo precisamos acabar com essas formas retrogradas de opresão ao seu humano. Os direitos básicos à Liberdade, expressão e ir e vir precisam ser respeitados. O Machismo e o fascismo ideológico e religioso precisam ser eliminados.

A Presidenta Dilma acertou na questão iraniana mas peca ao se omitir na questão cubana. E os esquerdistas brasileiros mostram-se tancanhos e amedrontados. Sabem lutar contra as perversões autoritárias da direita mas borram as calças quando se vêm de frente às contradições esquerdistas.

TOLOS!

Perdem a oportunidade de repensarem seus destinos pessoais, conceituais e ideológicos, suas certezas e "verdades".  Perdem o bonde da história.
VIVA... CUBA LIBRE!



OBs.: Considerando uma entrevista que circula na internet e que tenta desacreditar e desqualificar essa mulher, só posso me referendar ao seu direito de circular neste mundo sem que fronteiras ideológicas a impeçam. Ontem o governo cubano negou-lhe o direito de sair do País. Governos que oprimem acreditam que são unanimidades e por isso se encalacram em armadilhas fascistóides e escravagistas. Cuba sempre representou a esperança de um mundo melhor entre os homens, mas o cerceamento ao direito de um cidadão escolher seu destino mostra que a idealização cubana se perdeu na ditadura castrista. Ficou na Ilusão da luta contra o imperialismo. Que os Deuses tenham compaixão por Fidel, a compaixão que ele deixou de ter pelos seus compatriotas.


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