segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

DIVINUS SPIRITUS SANCTUN

Luiza Brunet - Imperatriz
Foto: Luciola Villela/G1

No desfile da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, ontem, o tema surpreendente "Brasil de todos os Deuses" mergulhou na  história de formação do nosso povo, o que somos, resultado  da mistura de raças, culturas e religiões. Um laboratório racial, europeus, africanos, povos de origem, brancos, negros, amarelos.
O carnavalesco como que tocado pela magia da religiosidade do povo, rompe o veu, o abismo, entre o Profano e o Sagrado e põe em prática o que, aqui, antecipei dias atrás: O Carnaval é a festa  profana que torna sagrado nossa celebração da vida, principalmente porque a presença feminina sacraliza a celebração, o ritual do amor, da alegria e do encontro.
Foi surpreendente ouvir um samba em forma de oração. Não uma Ave Maria em ritmo de samba, mas um samba em ritmo de louvação, agradecimento, religiosidade. Ali naquele momento louvou-se em alegria, não com a consternação dos pecadores, mas com a grandeza dos humildes que se resignam ao poder divino. Foi pura magia. O profano foi Benzido.
Luiza Brunet foi imantada com a roupagem de "Divino Espírito Santo". Esse espírito santo que completa o Pai e o filho e que mais que uma pomba é Simbolo da Mulher. Mulher que recebe a luz do pai e gera o filho, formando a Triade do poder Divino e Sagrado.

Luiza mereceu pela sua tragetória incorporar como Deusa terrena o "Spiritus Sanctus", como a menina que sobe as escadas, em maio, para coroar a Divina Mãe Celeste e como adulta incorpora o símbolo do ser de Luz que inunda o mundo com seu poder.
E atrás... o olhar, azul, de uma estranha figura observa...


photo Alziro Xavier / G1

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