sábado, 15 de maio de 2010

ONDAS





Quando jovens, somos como que agraciados por uma trama da rede da vida que nos protege de nós mesmos. A não ser que sejamos tão inconsequentes que cometamos erros cabeludos que exigem reparos.

Ah! Se soubéssemos como podemos ser danosos, na jornada da vida, seríamos mais cautelosos em nossas ações.

Outro dia,  enquanto comíamos pipoca, conversávamos sobre a força das palavras que pronunciamos.

Para Einstein qualquer ação projetada no espaço viaja como uma onda pelo universo.

Fico pensando num lago tranquilo e numa onda provocada por uma folha que caia sobre ele. As palavras, são como essa folha, podem parecer insignificantes, mas podem provocar, guardadas as proporções, uma tsunami na quietude do lago.

Tendemos a subestimar os acontecimentos por inocência, mas quando agimos desencadeamos acontecimentos que podem ser devastadores.

Muitas vezes as pessoas não compreendem acontecimentos trágicos que devastam suas vidas, porque não conseguem localizar a origem do processo que os desencadearam. As origens que parecem adormecer no passado em que foram desencadeados, varreram o universo, um dia voltam, e reverberam em nossas margens.

Tenho tentando não provocar ondas que produzam tsunamis, escondido neste canto do mundo, tenho preferido produzir brisas suaves que possam acariciar almas delicadas, sensíveis e principalmente conscientes.

Tendo a esperança de que no momento em que for embora e desaparecer nas brumas dessas montanhas, não fique nenhum tipo de rastro, e que minha passagem não seja mais que um aroma de manacá na noite de Minas.

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