quarta-feira, 4 de agosto de 2010

DIVAS AETERNALE

 

 ATENEA

Atena está, como nunca em todos os tempos, representada na modernidade.Ela se faz presente e é muitas vezes confundida com o masculino, pela força de sua presença, esta à frente em grande empreendimentos, dirigindo empresas, máquinas, política, indicando caminhos para a sociedade, o que vestir, comer, onde ir, o que fazer. Comando grupos, aventuras, divulgando informações pelos canais globais, mobilizando as transformações do mundo.

Ainda ontem, passando por um aeroporto, reparava na mulherada em trânsito, chegando, partindo, recebendo, encaminhando, atendendo, vendendo. Elas adoram Aeroportos e o que representam: mobilidade, transição, mudança e... conquista de outros continentes, outros espaços.

Essa Atena moderna, sempre em busca do foco, do domínio, da atenção, extrovertida, voltada para fora, pragmática, conquistadora e evidencia sua inteligência e o seu poder.

Se faz e se mostra tão poderosa que os homens se retiram como que amedrontados, frente à força dessa mulher. Na cama são tão objetivas que fazem que subjugam o poder fálico dos homens. Se mostram mais fálicas e sexualizadas do que os pobres machos.

Apesar da virgindade de Atena, a mulher-atena moderna renega o claustro ainda que renegue a maternidade, mas não abre mão do sexo. O homem quem já teve o prazer de ver uma deusa guerreira fazendo sexo conhece o verdadeiro prazer do orgasmo. Nessa situação o homem tem que ser muito macho para não sucumbir à força da sexualidade feminina. Essa mulher supera a Julieta, chorosa, romântica, sonhadora, fantasiosa. Não é essa a sua realidade a da mulher romântica, ela sabe o que quer e o que busca: o prazer, o domínio, o poder. Quando o homem perde o medo dessa mulher descobre que ela é a grande companheira de toda uma vida, uma guerreira.

Estudiosos alertam que esta guerreira com sua armadura esconde uma mulher frágil. Ou que vive o conflito entre a natureza delicada de seu espírito e sua atitude pró-ativa e energética. Um conflito resultante de uma tensão promovida entre a expectativa que tem de realizar seus anseios de conquista e sua delicada natureza feminina. Um conflito parecido com aquele vivido pelos homens entre a tender as exigências da realidade como macho, Yang, tendo uma alma sensível e delicada de suas origens femininas.

Eu, pessoalmente, tendo a pensar que o grande conflito da Atena moderna não é o dilema entre sua natureza feminina passiva e sua couraça de guerreira, mesmo porque ela é pacifista, e couraça todos carregam. O conflito para mim reside no dilema entre a sua natureza sagrada filha dileta de Zeus, e a sua condição humana e profana, que a leva a se permitir ser profanada pelo phalus humano, romper com a virgindade e não se libertar da culpa da maternidade como um castigo pelo pecado do prazer carnal.

Na Grécia clássica, Atena era a divindade que dominava as regiões altas de Atenas. Ela é Pacifista convicta, justa, independente, protetora dos fracos e deusa da misericórdia. A coruja é o seu símbolo, associado ao conhecimento racional, à seriedade da vida humana e à sua natureza temporal. A ela é atribuído a invenção da ciência, instrumentos e máquinas para a agricultura.


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