segunda-feira, 2 de agosto de 2010

BLUES FÚNEBRES


Blues Fúnebres
Que parem os relógios, cale o telefone,

jogue-se ao cão um osso e que não ladre mais,

que emudeça o piano e que o tambor sancione

a vinda do caixão com seu cortejo atrás.

Que os aviões, gemendo acima em alvoroço,

escrevam contra o céu o anúncio: ele morreu.

Que as pombas guardem luto — um laço no pescoço —

e os guardas usem finas luvas cor-de-breu.

Era meu norte, sul, meu leste, oeste, enquanto

viveu, meus dias úteis, meu fim-de-semana,

meu meio-dia, meia-noite, fala e canto;

quem julgue o amor eterno, como eu fiz, se engana.

É hora de apagar estrelas — são molestas —

guardar a lua, desmontar o sol brilhante,

de despejar o mar, jogar fora as florestas,

pois nada mais há de dar certo doravante.

W. H. Auden

Este país está precisando proteger seus filhos, até mesmo protegê-los deles mesmos, de morrer ou de matar.  Alguma coisa de muito esquisito está acontecendo neste país. Como construir uma nação sem princípios e sem respeito às leis? É preciso parar esse desequilibrio que forma mentes insanas pois egocentradas.

Cissa representou na copa a esperança para milhares de pessoas. Era a imagem da alegria e da exuberância anunciando prêmios. Levou alegria para muitas famílias. Essa é uma delicada homenagem a ela e às mulheres que são, a cada dia, obrigadas a suportar o impacto da perda precoce de seus filhos.

Precisamos acabar com essa guerra civil que abate sobre todos nósa pesada mão da dor, da insegurança, do sofrimento.Que Deus proteja essas mulheres-mães de tanto sofrimento.

Um comentário:

  1. Lembro deste texto citado num filme inglês belíssimo chamado Quatro Casamentos e Um Funeral. Lamentável este fato... Meio louco este filho da Cissa, que também era filho do Paulo Cesar Pereio, de estar onde estava fazendo o que estava fazendo justamente naquela hora...

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