quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A MORTE




A Morte e as Idades do Homem, detalhe,
Hans Baldung Grien,
Museo del Prado - Madri
O Tempo é mais que o Senhor da razão, mais do que variável física, é a dinâmica permanente que espelha a inevitável impermanência do universo. Nessa era "moderna" as mulheres mostram o seu desconforto em aceitar  essa realidade trágica de nosso destino. Parece que brincam com a possibilidade de enganar e caçoar do "Senhor" mas só conseguem enganar a elas mesmas, aumentando o descompasso e a dramática relação que estabelecem com a vida e com o mundo, o  que me faz lembrar:

“ ...conforme os sábios orientais também entenderam, o homem é um verme e comida para vermes. Este é o paradoxo: ele está fora da natureza e irremediavelmente dentro dela...Seu corpo é um estojo material de carne que lhe é estranho de muitas maneiras – sendo que a mais estranha e repugnante é a de doer, sangrar, definhar e morrer. O homem está literalmente bipartido: ele tem consciência de sua própria e esplêndida originalidade por sobressair na natureza com imponente majestade e, apesar disso, de que um dia estará sob uns poucos palmos de terra a fim de, cega e estupidamente, apodrecer e desaparecer para sempre. É um apavorante dilema em que se encontra e com o qual deve conviver.” do livro: A Negação da Morte –Ernest Becker

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