sábado, 16 de janeiro de 2010

SPIRITUS RELIGIOSUS



A Princesa Acorrentada à Àrvore
Edward Burne-Jones
Forbes Collection - N York
Hoje despertei de um sonho, como que tocado no ouvido com o som sussurado "espiritus religiosus". Fiquei quieto, atento. Me perguntei: ouço mais alguma coisa? Não! Quieto fiquei e rápidamente fiz uma passagem pelo que poderia ser o espirito religioso. Pensei em Jung. Para ele a religião era uma atitude da mente, uma cuidadosa consideração e observação com relação a certos "poderes": espíritos, demônios, deuses, leis, ideais,. Uma atitude com relação a qualquer coisa que impressionasse uma pessoa o bastante para mobiliza-la à adoração, obediência, reverência e amor. "Religião designa a atitude peculiar a uma nova consciência que foi mudada pela experiência do numinoso" (CW11, parag. 9)
NUMINOSO para Jung é uma instância ou efeito dinâmico que arrebata e controla o sujeito, que é sempre mais vítima do que criador do acontecimento. É uma experiência do sujeito independentemente de sua vontade, um acontecimento peculiar que altera o condição e o seu estado de consciência.

O espirito pode ser Malignus, Sanctus, Familiares e pode ser Religiosus. Se estamos vivos, podemos estar conscientes, ou não, de estarmos conectados ao mundo. A mulher como obra divina que conduz a perpetuação da espécie possui essa conexão natural com o universo. E o homem em determinaddos momentos fica predisposto a essa condição de conexão, a essa facilitação. Com o aprimoramento do estado de consciência, o homem, pode acionar esta conexão com a dimensão transcendental do universo, estado natural em que a mulher já se encontra próxima. Esse espirito religioso é para mim o estabelecimento dessa conexão com universo, o espírito Santo, com o eixo da vida.

A imagem acima da princesa acorrentada à arvore pode anunciar a condição deste vínculo do feminino com o eixo do mundo, como a relação de sustentação da condição feminina de ser. Desconectar essa conexão e abandonar o eixo da vida é perder o vínculo com o sentido da vida. Naturalmente pode fazer, também, alusão ao pecado original, à àrvore  que produziu o fruto proibido, que experimentada, nos tirou do paraíso para carregar a culpa eterna de ter bebido da àrvore do conhecimento. E o homem esse pobre coitado seduzido pela fêmea tambem paga o preço de sua estupidez, o preço de sucumbir ao encantamento.

Pensano bem, o homem não possuindo essa conexão original precisa trabalhar para aprimorar-se e encontrar o caminho da libertação, reencontrar sua conexão com o eixo do mundo, e o Feminino é o caminho mais visível.

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