segunda-feira, 5 de abril de 2010

AMÉLIA MORREU


 Amélia morreu
ela  era de mentirinha


Ai Que Saudades Da Amélia

Nunca vi fazer tanta exigência

Nem fazer o que você me faz

Você não sabe o que é consciência

Nem vê que eu sou um pobre rapaz

Você só pensa em luxo e riqueza

Tudo que você vê você quer

Ai, meu Deus, que saudade da Amélia

Aquilo sim é que era mulher

Às vezes passava fome ao meu lado

E achava bonito não ter o que comer

E quando me via contrariado

Dizia: Meu filho, que se há de fazer

Amélia não tinha a menor vaidade

Amélia é que era mulher de verdade
Composição: Ataulpho Alves - Mário Lago
Amélia existiu na realidade, era a negação de mulher, de pessoa, de individualidade. Uma pessoa que  acha bonito não ter o que comer só pode ser problemática, tem algum problema na vida, ou com o espelho. Pensando bem ela não tinha vaidade. Eu poderia pensar em gozação de Ataufo e Mário Lago, mas podem acreditar, eles refletiam a espectativa dos homens daquela "era".

Se hoje esse homem existir,
tá na hora dele acordar
antes de levar
uma precatada na testa.
 
Ah! que me perdoem as fãs de Roberto Carlos,
ele foi o último a gravar essa tragédia feminina.
Deve ter sido brincadeira.
      
A verdadeira mulher
não é a mulher que morre por um homem,
 ou por amor,
mas aquela que a cada dia nasce
 como pessoa,
mulher.
 

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