terça-feira, 20 de abril de 2010

ARMADILHAS DO PENSAMENTO


                 


Sempre achei muito penoso lidar com os delírios alheios, psicóticos ou pré psicóticos. E por isso o pensamento científico para mim sempre funcionou como uma referência para não me deixar perder nos delírios ardilosos de pensamentos meio verdades. Ainda que contenham verdades implícitas ou explícitas em geral se apoiam em constructos ardilosos, mal construídos e inconsistentes.

Um exemplo histórico desse fenômeno se iniciou na década de sessenta com a contracultura sustentada pelo movimento hippie, divulgador de fato que ainda sobre-existe como uso corrente, a cultura droga adicta. É o que acontece e subexiste com os usuários de maconha. Quando sob efeito da droga se sentem lúcidos, mais lúcidos do que os mortais comuns, se imaginam em planos fantásticos, com ideias fantásticas, pensamentos impensados, mas quando sai do efeito da “cannabis sativa”, o retorno à realidade realinha a atividade mental e mostra a insignificância e inconsistência dos pensamentos. Com drogas psicoativas a esse efeito se acrescenta o poder de um pensamento associado a imagens, não como delírios projetados, mas constituindo pensamentos codificados e reforçados por imagens pelo poder de integrar imagens correspondentes.

No estado de delírio o pensamento é como que inflado, levando a construção do delírio como convicção inabalável, mesmo ideias relativamente bem construídas ainda que se mostrem plausíveis não se sustentam dentro de requisitos básicos de questionamento. Possivelmente por isso indivíduos que sofrem processo de invasão de conteúdos de origem inconsciente acabem por se tornar radicais já que por defesa não suportem pensamentos ou conceitos concorrentes que podem dissolver seus constructos de poder, ou que ameacem seus mundos imaginários e seus desejos megalomaníacos de fazer o as pessoas orbitarem ao seu redor.

A sociopatia, biótipo muito comum na modernidade tenta produzir esta realidade, mas em geral se inflam apenas do desejo de poder e de domínio sobre o outro, mas salvadores do mundo navegam em delírios alucinantes misturando realidades e manipulando expectativas alheias.

Ah!!! Essa modernidade, cada vez se mostra mais perigosa para todos nós.

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