quarta-feira, 7 de abril de 2010

LINGERIE VERMELHA

 
A BBC divulgou que pesquisa realizada na Grã-Bretanha conclui que os homens preferem as lingeries pretas. Já o vermelho, é a cor de que eles menos gostam para as roupas de baixo delas.

As mulheres parecem querer desconhecer o gosto dos homens. Segundo a pesquisa, dois terços das mulheres inquiridas acreditam que os homens preferem o vermelho, e 60% delas já compraram calcinhas vermelhas para tentar impressionar na cama.

Eu diria que há confusão: elas fingem querer agradar os homens, mas estão se dando o direito de brincarem com as fantasias que acreditam que os homens fantasiam, ou que viveriam se homens fossem. É como se os homens fossem apenas instrumentos delas para o exercício de experimentação do poder que gostam de exercer sobre os homens. O que pode ser absolutamente delicioso.
Para as mulheres intuirem o que querem os homens precisam pensar na lógica, no desejo, nas carências e demandas dos homens e não como se fossem o seu lado feminino.

Existe diferenças entre homens que optam por mulheres comerciais e aqueles que desejam mulheres mais liberadas e ativas nos jogos sexuais. Os homens necessariamente não querem mulheres prostitutas, mesmo porque isto implica num universo de poder explícito, envolvendo a relação com a mulher sagrada e a profana de forma distinta. Situação em geral bastante complexa na cabeça dos homens, que ainda que não digam, oscilam entre a pasmaceira e a ingenuidade neste território. Se exibem experientes, mas são mais inocentes do que podem imaginar e parecem. Frente à mulher, de igual para igual, o homem precisa de uma atitude significativamente ativa para enfrentar e satisfazer o desejo feminino que quando estimulado mais se assemelha a um vulcão em erupção. Um evento climático de grandes proporções.
Aqueles que buscam prostituta carregam traumas, dificuldades ou desejos obscuros especificos de suas realidades, não representam a maioria mas suas especificidades.

Pense bem: O passado podia ser menos complexo. O papel da mulher como submissa preservava o manto da mulher sagrada. Quando enredados nas fantasias, eles procuravam mulheres profanas que atendiam aos seus desejos sem serem confrontados com o simbolismo sagrado da mulher materna e familiar. Já a modernidade, caracterizada pela igualdade, alivia, aparentemente, o sentido do sagrado e eles se exercitam, com grande heroismo, na busca de reencontrar a mulher fonte do prazer, sem destruir seu significado arquetípico sagrado.

Encontrar uma mulher no escuro de roupa intima vermelha é quase como encontrar o Diabo Nu, assustador. Homens podem se sentir subjugados pela força poderosa da mulher sexualizada.

Naturalmente, se as poderosas vêm de preto, podem assustar menos, mantendo-se sagradas como fonte de prazer e não assustadoras como devoradoras de falus.

Existem com certeza os que navegam com tranquilidade nessas águas turbulentas do prazer. Sabem distinguir a mulher como um ser sagrado, daquele momento que é o sagrado exercício do prazer carnal e passional, mesmo que não se esqueçam que estar mergulhado na alcova com uma mulher é viver muito perigosamente perto do oceano primordial do pecado.

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