sexta-feira, 2 de abril de 2010

MYRTHES KOSCKY ANDRADE


Myrthes - 1915...2004


Hoje lembro minha mãe querida, cristã que faleceu numa sexta feira da paixão. O que tenho como graça recebida por ela.
Muito nova formou-se no curso de Enfermagem, encarnou no coração a cruz vermelha e humanitária. Tornou enfermeira chefe do Hospital João XXII, onde trabalhou durante 35 anos. Posteriormente  foi covidada a coordenar o serviço de enfermagem do hospital do ProntoCOR, significativamente no momento em que sofria uma perda emocional que dilacerou seu coração. Mulher  Guerreira de linhagem Germânica, nunca se entregou ao sofrimento. Socorria humanitariamente a todos que lhe solicitavam ajuda. Bondosa, generosa, paciente, muito cedo renunciou ao egoísmo, à vaidade pessoal. Mulher simples, que aprendi a amar e a respeitar não por ser minha mãe mas pela admiração que desenvolvi  observando-a como pessoa e como mulher.
Com ela aprendi a paciência, a tolerância com as diferenças, o respeito a todos, independente de cor, raça ou classe social, e coisas mais que ainda hoje vou descobrindo.

Num poema de C.Drumond de Andrade, ele pergunta:

"Yaya lindinha, o que é  eterno?
Ingrato, é o amor que te tenho!"

Eterno é o amor que tenho por essa mulher,
agradecido por ter nascido de seu ventre,
com ela ter convivido e aprendido.

 Com ela passei a sentir que a morte não  finda a existência,
 para mim ela nunca morreu,
 não existe dia em minha vida
que sua presença não venha me confortar ou
me ajudar a socorrer os aflitos que me chegam. 
   
Mulher que honrou sua natureza,
admirável,
Obrigado, mãe.


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