domingo, 4 de abril de 2010

SEIOS NÃO SEIOS II


 

As relações simbióticas mais intensas, em princípio, propiciam a criação de vínculos e de mais dependência, dificultando as separações e a formação de individualidades mais personalísticas, o que é característico das famílias brasileiras mais agregadas. As relações pouco simbióticas ao contrário favorecem as separações afetivas, o surgimento de individualidades mais egocentradas, competitivas e afetivamente distanciadas, protegidas e defensivas, típicas de sociedades quem se agregam a partir de conceitos e mitos e não de afetos, sentimentos e identidades. Possivelmente nestas diferenças possamos encontrar também a manifestação entre brasileiros de um complexo de inferioridade e baixa estima coletivo diferentemente de americanos que desenvolvendo suas relações de separação acaba se superestimando para compensar a mãe abandonica e compensam a dissociação com a formação do complexo de superioridade coletivo que inflam a ausência do afeto.
As brasileiras, apesar da multiplicidade de origens se defrontaram com uma conquista territorial menos selvagem, mais suave e lenta. Possivelmente esses fatores diferenciais permitiram a essas mulheres se defrontarem com menos ameaças, menores resistências na ocupação territorial e a se manterem no papel de submissão resguardando, a feminilidade e a maternidade apoiadas na posição de domínio do masculino (contrário ao papel de igualdade da mulher americana do norte).
Nossa constituição como laboratório racial diferentemente dos nortistas americanos que se mantiveram mais puros com pouca miscigenação, também deve ter favorecido o enriquecimento e troca de experiências afetivas maternas como sociedade mais propicia às trocas. A proximidade afetiva construída entre negro, índios e europeus, que diferentemente de anglo saxões, permitiu maior proximidade multi racial e afetividade consolidando nossa tendência latina à emoção e ao afeto manifesto. Anglos saxões tendem mais à contenção e ao não manifesto afetivo, característica de origens de povos guerreiros que não podiam, no passado, se abater por perdas afetivas decorrentes de batalhas ou de situações climáticas adversas.
Tenho a impressão que a afetividade da mulher latina (no caso a brasileira) permitiu uma vivência corporal, e oral afetivamente mais próxima do que a mulher americana. Os americanos sinalizam uma oralidade não vivenciada devidamente na fase de simbiose, enquanto os brasileiros se desvencilham dessa oralidade pela intensidade do calor afetivo latino e avançam para estágios mais avançados do desenvolvimento, se fixando como foco a genitália feminina.
Neste aspecto a tendência das brasileiras de se armar com bustos grandes, parece que pouco tem a ver com uma suposta preferência do homem brasileiro por seios fartos. Se ele é o alvo elas podem estar equivocadas em seus jogos de sedução, não é questão apenas de visão, mas de interesse. O mais provável é que as mulheres vêm sendo alvo de uma articulada manipulação partindo da associação de interesses entre indústrias de próteses e de mediadores cirúrgicos representantes de uma medicina comercial.
Ou apenas estão realizando uma competição selvagem com outras mulheres realçando o atributo que transforma a mulher em símbolo materno. Se os americanos preferem as mães amamentadoras por que reavivam a relação incestuosa e pervertida projetada na mulher que querem punir, possivelmente isto afaste os brasileiros que tem preferência pela mulher não tão ambivalente, procuram menos a relação edipiana incestuosa e mais a profana com a Eva pecadora. Querem mais descobrir a floresta do que devastar a seiva.

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